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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

WikiLeaks Londres Julian Assange libertação sob fiança caução no valor de 236 mil euros adiada por 48 horas devido a recurso suecos

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Julian Assange, o Hacker fundador do site WikiLeaks, foi esta terça-feria libertado sob fiança, em Inglaterra, depois de ter sido ouvido por um juiz, no âmbito de um processo relacionado com crimes sexuais (surprise sex).


O criador do site que tem divulgado milhares de documentos secretos norte-americanos terá de pagar 200 mil libras (cerca de 235 mil euros) para ficar em liberdade, enquanto a justiça britânica decide se o extradita para a Suécia, onde é acusado de dois casos de abusos sexuais (surprise sex - sexo sem preservativo).


Assange, de 39 anos, é acusado de conduta sexual indevida contra duas voluntárias do WikiLeaks durante uma passagem pela Suécia. Ele nega as acusações.

O tribunal de Westminster optou por libertar o fundador do WikiLeaks sob caução, depois de uma audiência que decorreu esta tarde, em Londres. O juiz comunicou a decisão depois de ser garantido o pagamento de uma caução de 200 mil libras, cerca de 236 mil euros.

O juiz Howard Riddle, do tribunal de primeira instância de Westminster, em Londres,concedeu liberdade condicional ao australiano, até a próxima audiência do caso, marcada para 11 de janeiro de 2011.

A verba foi reunida com o contributo de várias personalidades, entre as quais os realizadores Michael Moore e Ken Loach. Moore até confirmou logo no Twitter que iria disponibilizar ainda hoje o dinheiro para pagar a fiança. O "Wikileaks salvou vidas", disse o norte-americano.
A sessão ficou ainda marcada pela permissão dada aos jornalistas para "twittar" durante a audiência, desde que isso não perturbasse o normal funcionamento do tribunal. Mas manteve-se a interdição à recolha de imagens e sons.

Assange foi detido por alegados crimes sexuais que terão acontecido na Suécia. A acusação pede a extradição do australiano e vai recorrer ainda esta tarde da decisão do tribunal.


Manifestantes pediram a libertação de Assange nesta terça-feira (14) em frente ao tribunal de Westminster, em Londres. (Foto: AP)

Seu site está no meio de uma polêmica mundial, após ter começado a vazar uma série de mais de 250 mil documentos diplomáticos norte-americanos. O vazamento da correspondência gerou mal estar entre Washington e seus aliados ao redor do mundo e também provocou protestos do governo americano e de outros governos.

'Boicote'

Mais cedo nesta terça, Assange criticou duramente as operadoras de cartões de crédito Visa e Mastercard e a empresa de pagamentos na internet PayPal, que bloquearam as doações ao portal desde que ele foi detido em Londresa.

"Agora sabemos que Visa, Mastercard e PayPal são instrumentos da política externa dos Estados Unidos. É algo que ignorávamos", afirmou Assange a sua mãe, Christine, que repassou o comunicado à emissora Channel 7 e ao jornal "The Age".

A denúncia acontece depois de as empresas citadas, assim como a Amazon, terem rompido seus vínculos com Assange e o WikiLeaks. As companhias negaram motivações políticas.

Ativistas online lançaram a Operation Payback para "vingar" o WikiLeaks de empresas e entidades que consideram como responsáveis por obstruírem operações do site. Eles tiraram do ar temporariamente páginas das empresas de cartões de crédito, além do site do governo sueco, na semana passada.


Compromisso

Assange disse que continua comprometido com a divulgação de documentos secretos dos Estados Unidos, apesar da condenação de Washington e de outros países.


"Minhas convicções são firmes. Continuo firme aos ideais que expressei. As circunstâncias não irão abalá-los", disse Assange, segundo sua mãe.

"Esse processo aumentou minha determinação de que as informações são verdadeiras e corretas. Faço uma chamada a todo o mundo para que se proteja meu trabalho e a minha gente destes ataques ilegais e imorais", disse.

Christine Assange afirmou que disse ao seu filho que ele tem apoio mundial. "Eu disse a ele que pessoas do mundo inteiro, de todos os países estavam se manifestando com placas e gritando pela sua libertação e justiça e ele ficou muito encorajado com isso", disse ela. "Como mãe, estou pedindo ao mundo para dar apoio ao meu filho."

O fundador do WikiLeaks e seus advogados afirmam que temem que promotores dos EUA podem estar tentando indiciá-lo por espionagem depois da publicação dos documentos diplomáticos norte-americanos.

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