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sábado, 20 de novembro de 2010

Controle da Ásia Central Produção e Tráfico de Heroina e Ópio a Razão da NATO no Afeganistão

Buzz This

A falsa guerra da América (USA) no Afeganistão

por F. William Engdahl [*]
Um dos mais notáveis aspectos na agenda presidencial de Obama é quão pouco foi questionado nos media o motivo porque o Pentágono dos EUA está comprometido na ocupação militar do Afeganistão. Há dois motivos básicos, nenhum dos quais pode ser admitido abertamente em público.

Por trás do enganoso debate oficial sobre quantas tropas são necessárias para "vencer" a guerra no Afeganistão, se mais 30 mil são suficientes ou se pelo menos 200 mil são necessárias, o objectivo real da presença militar estado-unidense naquele país da Ásia Central é obscurecido.

Mesmo durante a campanha presidencial de 2008 o candidato Obama argumentou que era no Afeganistão e não no Iraque que os EUA deviam travar guerra. A sua razão? Porque ele afirmava que era onde a organização Al Qaeda estava escondida e que era a ameaça "real" à segurança nacional dos EUA. Mas as razões por trás do envolvimento estado-unidense no Afeganistão são muito diferentes.

Os militares dos EUA estão no Afeganistão por duas razões. Primeiro para restaurar e controlar o maior abastecedor de ópio do mundo para os mercados da heroína e para utilizar as drogas como uma arma geopolítica contra oponentes, especialmente a Rússia. Aquele controle do mercado da droga afegão é essencial para a liquidez máfia financeira da Wall Street, corrupta e em bancarrota.

Geopolítica do ópio afegão

De acordo com um relatório oficial da ONU, a produção de ópio no Afeganistão ascendeu dramaticamente desde a queda do Taliban em 2001. Os dados da UNODC [United Nations Office on Drugs and Crime] mostram mais cultivo de papoula de ópio em cada um das últimas quatro estações de plantio (2004-2007) do que em qualquer ano durante o domínio Taliban. Agora é utilizada mais terra para o ópio no Afeganistão do que para o cultivo de coca na América Latina. Em 2007, 93% do opiáceos no mercado mundial tinham origem no Afeganistão. Isto não é acidente.

Foi documentado que Washington escolheu a dedo o controverso Hamid Karzai, um senhor da guerra pashtun da tribo Popalzai, há muito ao serviço da CIA, trouxe-o de volta do exílio nos EUA e criou uma mitologia hollywoodiana em torno da "corajosa liderança do seu povo". Segundo fontes afegãs, Karzai é o "Padrinho" do Ópio no Afeganistão de hoje. Aparentemente não é por acaso que ele foi e hoje ainda é o homem preferido de Washington em Cabul. Mas mesmo com compra maciça de votos, fraudes e intimidações, os dias de Karzai como presidente podem estar a acabar.

A segunda razão para os militares dos EUA permanecerem no Afeganistão muito depois de o mundo ter até esquecido quem é o misterioso Osama bin Laden e a sua alegada organização terrorista Al Qaeda, ou mesmo se eles existem, é como pretexto para os EUA construírem uma força de ataque com uma série de bases permanentes por todo o Afeganistão. O objectivo destas bases não é erradicar quaisquer células da Al Qaeda que possam ter sobrevivido nas cavernas de Tora Bora, ou erradicar um mítico "Taliban" o qual nesta altura, segundo relatos de testemunhas oculares, é constituído esmagadoramente de afegãos locais comuns a combaterem mais uma vez para livrar a sua terra de exércitos de ocupação, como o fizeram na década de 1980 contra os russos.

O objectivo das bases dos EUA no Afeganistão é visar e ser capaz de atacar os dois países que hoje representam a única ameaça combinada no mundo de hoje a um império global americano, à Dominação de Espectro Amplo (Full Spectrum Dominance) como a chama o Pentágono.

O "Mandato do Céu" perdido
O problema para as elites do poder em torno da Wall Street e em Washington é o facto de que agora estão na mais profunda crise financeira da sua história. Esta crise é clara para o mundo todo e o mundo está a actuar em busca da auto-sobrevivência. As elites dos EUA perderam o que na história imperial chinesa é conhecido como o "Mandato do Céu". Tal mandato é dado ao governante ou à elite dirigente desde que governem o seu povo com justiça e de modo razoável. Quando governam tiranicamente e como déspotas, oprimindo e abusando do seu povo, eles perdem aquele Mandato do Céu.

Se as poderosas elites privadas e ricas que têm controlado o essencial da política financeira e externa dos EUA durante a maior parte do século passado ou mais tinham um "mandato do céu", elas claramente perderam-no. Os desenvolvimentos internos rumo à criação de um estado policial abusivo com privação de direitos constitucionais dos seus cidadãos, exercício arbitrário do poder por responsáveis não eleitos tais como os secretários do Tesouro Henry Paulson e agora Tim Geithner, a roubarem somas de milhões de milhões de dólares dos contribuintes sem o seu consentimento a fim de salvar da bancarrota os maiores bancos da Wall Street, bancos considerados "Demasiado grandes para falirem", demonstram ao mundo que eles perderam o mandato.

Nesta situação, as elites do poder estado-unidense estão cada vez mais desesperadas por manter o controle de um império global parasita, chamado enganosamente pela máquina dos seus media, como "globalização". Para manter o domínio é essencial que eles sejam capazes de romper qualquer cooperação que venha a emergir entre as duas maiores potências da Eurásia no âmbito económico, energético ou militar, a qual poderia apresentar um desafio aos EUA como super-potência única — a China em combinação com a Rússia.

Cada potência euro-asiática traz à mesa contribuições essenciais. A China tem a economia mais robusta do mundo, uma enforme força de trabalho jovem e dinâmica, uma classe média educada. A Rússia, cuja economia não está recuperada do fim destrutivo da era soviética e do saqueio primitivo durante a era Yeltsin, ainda possui activos essenciais para a combinação. A força de ataque nuclear russa e o seu poder militar representam a única ameaça no mundo de hoje à dominação militar dos EUA, ainda que em grande medida sej um resíduo da Guerra Fria. As elites militares russas nunca abandonaram aquele potencial.

A Rússia também possui o maior tesouro do mundo em gás natural e vastas reservas de petróleo de que a China necessita urgentemente. As duas potências estão a convergir cada vez mais através de uma nova organização que criaram em 2001, conhecida como a Organização de Cooperação de (SCO). Esta inclui também os maiores estados da Ásia Central: Casaquistão, Quirguistão, Tajiquistão e Uzbequistão.

O objectivo da alegada guerra estado-unidense contra o Taliban e a Al Qaeda é na realidade colocar a sua força militar de ataque directamente no meio do espaço geográfico desta emergente SCO na Ásia Central. O Irão é um desvio de atenção. O objectivo ou alvo principal é a Rússia e a China.

Oficialmente, é claro, Washington afirma que construiu a sua presença militar no interior do Afeganistão a partir de 2002 a fim de proteger uma "frágil" democracia afegã. É um argumento curioso dada a realidade da presença militar estado-unidense ali.

Mais nove bases
Em Dezembro de 2004, durante uma vista a Cabul, o secretário da Defesa Donald Rumsfeld finalizou planos para construir nove bases no Afeganistão nas províncias de Helmand, Herat, Nimrouz, Balkh, Khost e Paktia. As novas somam-se às três principais bases militares dos EUA já instaladas na sequência da sua ocupação do Afeganistão no Inverno de 2001-2002, ostensivamente para isolar e eliminar a ameaça de terror de Osama bin Laden.

O Pentágono construiu as suas primeiras três bases no Aeródromo de Bagram a Norte de Cabul, o principal centro logístico dos EUA; no Aeródromo de Kandahar, no Sul do Afeganistão; e no Aeródromo de Shindand na província ocidental de Herat. Shindand, a maior base dos EUA no Afeganistão, foi construído a meros 100 quilómetros da fronteira do Irão e a uma distância de ataque à Rússia e também à China.

Historicamente o Afeganistão tem sido a área central para o Grande Jogo russo-britânico, a luta pelo controle da Ásia Central durante os séculos XIX e princípio do XX. A estratégia britânica então era impedir a todo o custo que a Rússia controlasse o Afeganistão e portanto ameaçasse a jóia da coroa imperial britânica, a Índia.

O Afeganistão encarado de modo semelhante pelos planeadores do Pentágono, como altamente estratégico. É uma plataforma a partir da qual o poder militar estado-unidense poderia ameaçar directamente a Rússia e a China, bem como o Irão e outras terras ricas em petróleo do Médio Oriente. Pouco mudou geopoliticamente ao longo de mais de um século de guerras.

O Afeganistão é uma localização extremamente vital, abarcando a Ásia do Sul, a Ásia Central e o Médio Oriente. O país também está situado ao longo de um proposto traçado de oleoduto dos campos petrolíferos do Mar Cáspio para o Oceano Índico, onde a companhia de petróleo americana Unocal, juntamente com a Enron e a Halliburton de Cheney, tem estado em negociações para obter o direito exclusivo de trazer gás natural do Turquemenistão através do Afeganistão e do Paquistão para a enorme central termoeléctrica a gás natural da Enron em Dabhol, próximo de Mumbai. Karzai, antes de se tornar o presidente fantoche dos EUA, foi um lobbista da Unocal.

A ameaça da Al Qaeda não existe
A venda quanto a toda simulação quanto à finalidade real no Afeganistão torna-se clara com um olhar mais atento à alegada ameaça "Al Qaeda" no Afeganistão. Segundo o escritor Erik Margolis, antes dos ataques do 11 de Setembro de 2001, a inteligência dos EUA estava a dar ajuda e apoio tanto ao Taliban como à Al Qaeda. Margolis afirma que "A CIA estava a planear utilizar a Al Qaeda de Osama bin Laden para incitar uighurs muçulmanos contra a governação chinesa, e os Taliban contra aliados da Rússia na Ásia Central.

Os EUA evidentemente encontraram outros meios de levantar uighurs muçulmanos contra Pequim em Julho último através do seu apoio ao Congresso Mundial Uighur. Mas a "ameaça" Al Qaeda permanece a base da justificação de Obama para a sua escalada guerreira no Afeganistão.

Agora, contudo, o Conselheiro de Segurança Nacional do presidente Obama, o antigo general dos Fuzileiros Navais James Jones, fez uma declaração, a qual foi convenientemente enterrada pelos media amigos dos EUA, acerca da importância estimada do perigo actual da Al Qaeda no Afeganistão. Jones disse ao Congresso que "A presença da al Qaeda está muito diminuída. A estimativa máxima é de menos de 100 operacionais no países, sem bases, sem capacidade para lançar ataques sobre nós ou nossos aliados".
Isto significa que a Al Qaeda, para todos os propósitos práticos, não existe no Afeganistão. Oh...

Mesmo no vizinho Paquistão, os remanescentes da Al Qaeda mal podem ser encontrados. O Wall Street Journal relata: "Caçados por drones [aviões sem piloto] dos EUA, aflitos por problemas de dinheiro e descobrindo ser mais difícil atrair jovens árabes para as negras montanhas do Paquistão, a al Qaeda está a ver o seu papel reduzir-se ali e no Afeganistão, segundo relatórios de inteligência e responsáveis do Paquistão e dos EUA. Para jovens árabes que são os recrutas primários da al Qaeda, "não é romântico estar no frio, com fome e escondido", disse um responsável superior dos EUA na Ásia do Sul.

Se levarmos a declaração à sua consequência lógica devemos concluir então que a razão para soldados alemães estarem a morrer juntamente com outros jovens da NATO nas montanhas do Afeganistão nada tem a ver com "vencer uma guerra contra o terrorismo". Convenientemente a maior parte dos media prefere esquecer o facto de que a Al Qaeda, na medida em que alguma vez existiu, foi uma criação da CIA na década de 1980, a qual recrutou e treinou radicais muçulmanos como parte de uma estratégia desenvolvida pelo chefe da CIA de Reagan, Bill Casey, e outros a fim de criar "um novo Vietname" para a União Soviética a qual levaria a uma humilhante derrota do Exército Vermelho [NR 1] e ao colapso final da União Soviética.

Agora o general Jones do Conselho de Segurança Nacional dos EUA admite que no essencial não há mais qualquer Al Qaeda no Afeganistão. Talvez seja tempo para um debate mais honesto dos nossos líderes políticos acerca do verdadeiro propósito de enviar mais jovens para a morte a fim de proteger as colheitas de ópio do Afeganistão.
21/Outubro/2009
[NR 1] A afirmação do autor não corresponde aos factos: o Exército Vermelho não foi derrotado no Afeganistão. Retirou-se do país porque assim lhe foi ordenado pelo governo de Moscovo, então presidido pelo sr. Gorbarchev.

[*] Autor de Full Spectrum Dominance: Totalitarian Democracy in the New World Order . Pode ser contactado através do seu sítio www.engdahl.oilgeopolitics.net .


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© Copyright F. William Engdahl, Global Research, 2009


O original encontra-se em www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=15761

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .

El Perseguido Verdades Ocultas do 11 de Setembro no Ground Zero do WTC

Buzz This
Testemunho de um operador de vídeo no Ground Zero do WTC

por Kurt Sonnenfeld
entrevistado por Alan Miller 
El Perseguido
Como operador de vídeo do governo dos Estados Unidos, Kurt Sonnenfeld foi despachado para o Ground Zero no dia 11 de Setembro de 2001, onde registou 29 filmes ao longo de um mês: "O que vi em certos momento e em certos lugares... é muito perturbador!". Ele nunca os transmitiu às autoridades e desde então foi perseguido. Kurt Sonnenfeld exilou-se na Argentina, onde acaba de publicar El Perseguido. A obra relata o seu interminável pesadelo e dá um novo golpe no Relatório da Comissão presidencial sobre os acontecimentos do 11/Set. Uma entrevista exclusiva realizada pelo Réseau Voltaire.

9 Julho 2009

Kurt Sonnenfeld, diplomado pela Universidade do Colorado (EUA), estudou relações internacionais e economia, bem como literatura e filosofia. Trabalhou para o governo dos Estados Unidos como operador de vídeo oficial e como director das operações de divulgação da equipe de intervenção de emergência para a Agência Federal das Situações de Emergência (Federal Emergency Management Agency, FEMA). Sonnenfeld trabalhou igualmente sob contrato para diversas agências governamentais e programas para operações confidenciais e "sensíveis" nas instalações científicas e militares sitas no território dos EUA.

No dia 11 de Setembro de 2001 a zona denominada "Ground Zero" foi encerrada ao público. Entretanto, Sonnenfeld tinha acesso livre à mesma, o que lhe permitiu documentar o inquérito (que nunca houve) e fornecer cenas "expurgadas" a praticamente todas as cadeias de informação do mundo. Os registos revelando certas anomalias que ele descobriu no Ground Zero continuam na sua posse.

Acusado – conforme o cenário manifesto de um golpe montado, sobretudo à luz dos acontecimentos que se seguiram – de um crime que não houve, Kurt Sonnenfeld foi perseguido em dois continentes. Após dois anos de medo, de injustiça e de isolamento, decidiu tomar posição publicamente contra a versão oficial do governo. Ele está pronto a submeter os documentos na sua posse ao exame minucioso de peritos fiáveis.

Entrevista

Réseau Voltaire: Vosso livro autobiográfico intitulado El Perseguido foi publicado recentemente na Argentina, onde vive exilado desde 2003. Diga-nos: quem vos perseguiu?

Kurt Sonnenfeld: Apesar de ser uma autobiografia, não se trata da história da minha vida. Tendo-me tornado uma testemunha embaraçosa após o meu serviço no Ground Zero, é antes a narrativa dos acontecimentos extraordinários que nos afectaram, à minha família e a mim próprio, durante mais de sete anos e nos dois continentes, devido às autoridades dos EUA.

Réseau Voltaire: Explicou que o vosso pedido do estatuto de refugiado político, conforme a Convenção de Genebra de 1951, ainda está em estudo no Senado argentino, ainda que em 2005 vos tenha garantido o asilo político em bases provisórias. Isto o torna provavelmente o primeiro cidadão estado-unidense nesta situação! Sem dúvida o primeiro responsável do governo exposto directamente aos acontecimentos em torno do 11 de Setembro de 2001 que se tornou um "denunciante" ("whistle-blower"), uma fonte pública. Foi isso que vos levou ao exílio?

Kurt Sonnenfeld: Um refugiado é uma pessoa que foi forçada a deixar o seu país (ou não pode regressar a ele) devido a perseguição. É inegável que numerosas pessoas foram injustamente perseguidas por causa das leis quase-fascistas e das políticas saídas do choque do 11 de Setembro de 2001 e elas têm direito ao estatuto de refugiado. Mas o facto é que pedir o estatuto de refugiado é acto arriscado e perigoso. Os Estados Unidos são a única "super potência" que resta no mundo e a dissidência ali é reprimida de facto. Qualquer um que peça o estatuto de refugiado com bases políticas comete assim um acto de dissidência extrema. Se o vosso pedido for rejeitado, o que é que se faz? Uma vez apresentado o pedido, é impossível voltar atrás.

Pessoalmente, eu não era obrigado a deixar os Estados Unidos, certamente não fugi.
Na época, muito simplesmente não estava consciente do que se tramava contra mim. Eu ainda não havia estabelecido as ligações. Assim, quando parti em 2003, tinha a intenção de retornar. Vim à Argentina para um curto descanso, para tentar recuperar-me depois tudo aquilo que me aconteceu. Vim aqui livremente com o meu próprio passaporte, utilizando os meus próprios cartões de crédito. Mas por uma sequência incrível de acontecimentos, desde então foi forçado ao exílio e não retornei.

Réseau Voltaire: A que espécie de acontecimentos se refere?

Kurt Sonnenfeld: Fui objecto de denúncias mentirosas a propósito de "crimes" que, como as evidências indicam, não se verificaram, de um aprisionamento abusivo e de torturas na sequência destas acusações, além de calúnias escandalosas para a minha reputação, ameaças de morte, tentativas de sequestro e várias outras violações dos direitos civis e humanos tais como as denunciadas por numerosos acordos internacionais. O meu retorno aos Estados Unidos não seria apenas um prolongamento destas violações, resultaria numa separação – talvez permanente – da minha mulher e dos nosso gémeos de três anos, a única razão de ser que me resta. E depois, com a impossibilidade de obter um processo justo para uma crise que nunca se verificou, arriscar-me-ia mesmo à pena de morte.

Réseau Voltaire: Em 2005, o governo estado-unidense requereu a vossa extradição, o que foi recusado por um juiz federal. Depois, em 2007, o Tribunal Supremo argentino – numa demonstração de integridade e independência – recusou o apelo estado-unidense, mas o vosso governo persistiu. Pode-nos esclarecer sobre a situação?

Kurt Sonnenfeld: Em 2008, absolutamente sem qualquer base legal, o governo estado-unidense fez novo apelo junto ao Tribunal Supremo argentino, que certamente manterá as duas decisões inatacáveis já tomadas pelo juiz federal.

Uma destas decisões relativa que havia demasiadas sombras, ou zonas de sombras, no meu caso. Havia numerosas mentiras no pedido de extradição enviado para aqui pelas autoridades dos EUA e felizmente nós pudemos prová-lo. O facto de que tenha havido tantas mentiras serviu para sustentar o meu requerimento de pedido de asilo. Pudemos mostrar que fomos vítimas de uma longa campanha de perseguição e intimidação por parte dos serviços de informação estado-unidenses. Em consequência, minha família está desde então sob protecção policial permanente. Como observou um senador a propósito do meu caso: "o seu comportamento trai as suas motivações reais".

Réseau Voltaire: Eles querem vos prender por um crime imaginário. Como é que justifica um tal encarniçamento? No tempo em que era funcionário do FEMA, o governo deveria ter acreditado em vós. Em que momento a situação foi revertida?


Kurt Sonnenfeld: Retrospectivamente, percebo que a situação reverteu-se pouco antes de eu tomar consciência disso. Inicialmente, a falsa acusação levantada contra mim era totalmente irracional, ela demoliu-me completamente. É incrivelmente difícil sofrer com a perda de alguém que se ama e que se suicida. Mas ser acusado, é insuportável. O assunto saldou-se por um cancelamento de julgamento pois uma montanha de provas absolvia-me totalmente (Nancy, minha mulher, deixou uma carta e escritos suicidários no seu diário; houve casos de suicídio na sua família; etc). A acusação estava certa a 100% da minha inocência antes de pedir o cancelamento.

Mas a detenção foi prolongada, mesmo DEPOIS de ter sido dito que eu devia ser libertado, o que me provou alguma coisa era tramada nos bastidores. Fui encarcerado QUATRO MESES depois de os meus advogados terem sido informados de que um cancelamento fora requerido; fui finalmente libertado em Junho de 2002. Enquanto estava detido, tive uma conversação telefónica com funcionários do FEMA a fim de resolver o problema, mas percebi que era considerado como "comprometido", representando um perigo. Foi-me dito que fora acordado que "a Agência devia ser protegida", sobretudo à luz perturbação que se ameaçava com a entrada em vigor do Patriot Act e da intrusão esperada que viria com o novo Departamento de Segurança Interna (Department of Homeland Security). Após todos os riscos em que havia incorrido, todas as provas e dificuldades que havia suportado durante quase 10 anos, senti-me traído. A decepção foi terrível.

Como me abandonavam, disse-lhes que não tinha os registos, que os havia dado a um burocrata de Nova York e que deveriam esperar que fosse libertado para recuperar qualquer outro documento na minha posse. Pouco depois desta conversação, a minha casa foi "revistada", as fechaduras foram mudadas e vizinhos viram homens entrarem na minha casa, apesar de não haver no Tribunal menções às suas entradas, como deveria. Quando por fim fui libertado, descobri que o meu escritório fora saqueado, o meu computador não estava mais lá e vários vídeos haviam desaparecido da minha videoteca no sub-solo. Havia homens constantemente parados na rua próximo à minha casa, o meu sistema de vigilância foi pirateado mais de uma vez, as lampas de segurança externas foram desenroscas, etc, a ponto de me ter instalado em casa de amigos, na sua propriedade na montanha, que em seguida TAMBÉM foi arrombada.

Qualquer um que procure a verdade reconhece que houve séries de irregularidades extraordinárias neste caso e que uma escandalosa injustiça foi cometida contra mim e aqueles que amo. Esta campanha intensa para me fazer retornar ao solo americano é um falso pretexto com as motivações mais obscuras.

Réseau Voltaire: Sugeriu ter observado coisas no Ground Zero que não concordam com o relatório oficial. Disse ou fez alguma coisa para despertar a dúvida a este respeito?

Kurt Sonnenfeld: Naquele mesmo telefonema eu disse que revelaria ao público não só as minhas suspeitas sobre os acontecimentos em torno do 11 de Setembro como também sobre diversos contratos para os quais trabalhei no passado.

Réseau Voltaire: Em que se baseiam as vossas suspeitas?


Kurt Sonnenfeld: Retrospectivamente, havia muitas coisas perturbadoras no Ground Zero. Pareceu-me bizarro ser enviado a Nova York antes mesmo de o segundo avião se ter chocado com a torre Sul, quando os media ainda relatavam apenas que um "pequeno avião" colidira com a torre Norte – uma catástrofe demasiado pequena para fazer intervir a FEMA. A FEMA foi mobilizada em alguns minutos, quando foram precisos dez dias para se deslocar à Nova Orleães em resposta ao furacão Katrina, apesar de numerosas advertências prévias! Achei bizarro que as câmaras fossem tão ferozmente proibida no perímetro de segurança do Ground Zero, que toda a zona fosse declarada cena do crime, enquanto as peças de convicção eram levadas dali e destruídas tão rapidamente. Depois achei muito estranho saber que a FEMA e várias outras agências federais já estavam posicionadas no seu centro de comando, no Pier (cais) 92, a 10 de Setembro, um dia antes dos atentados.

Pedem-nos para acreditar que as quatro caixas negras "indestrutíveis" dos dois aviões que
se chocaram com as torres nunca foram reencontradas pois foram completamente pulverizadas. Entretanto, tenho um filme mostrando rodas do trem de aterragem pouco danificadas e também poltronas, pedaço de fuselagem, uma turbina de avião, que não estavam absolutamente desintegrados. Dito isto, considero bastante estranho que tais objectos quase intactos tenham podido resistir a este tipo de destruição que transformou a maior parte das Torres Gémeas em pó. E tenho seguramente algumas dúvidas quanto à autenticidade da turbina "do avião".

O que aconteceu ao Edifício 7 é extremamente suspeito. Tenho um vídeo que mostra a que ponto a pilha de fragmentos era curiosamente pequena e como os edifícios de cada lado não foram afectados pelo Edifício 7 quando este ruiu. Ele não foi atingido por um avião; não sofreu senão danos menores quando as Torres Gémeas afundaram, não havia senão incêndios menores em alguns andares. É impossível que este edifício tenha podido implodir como aconteceu sem uma demolição controlada. Contudo, o colapso do Edifício 7 foi apenas evocado pelo media dominantes e ignorado de maneira suspeita pela Comissão sobre o 11/Set.

Réseau Voltaire: Segundo algumas informações, os subsolos do WTC7 continham arquivos sensíveis e sem dúvida comprometedores. Encontrou alguma coisa assim?

Kurt Sonnenfeld: O Serviço Secreto, o Departamento da Defesa, o FBI, o fisco (IRS),
a Comissão de Regulamentação e Controle dos Mercados Financeiros (SEC) assim como a Célula de crise [da cidade de Nova York, NR] para as situações de emergência (OEM) ocupavam muito espaço em vários andares do edifício. Outras agências federais também tinham escritórios ali. Após o 11 de Setembro descobriu-se que, escondido no edifício 7, se encontrava o maior centro clandestino da CIA no país, exceptuado o de Washington DC; uma base operacional a partir de onde espionavam os diplomatas das Nações Unidas e onde eram conduzidas as operações de contra-terrorismo e contra-espionagem (assim como a inteligência económica, NR).

Não havia parqueamento subterrâneo no edifício 7 do World Trade Center. Não havia caves. Em substituição, as agências federais do Edifício 7 arrumavam seus veículos, documentos e peças de convicção no edifício dos seus parceiros do outro lado da rua. Sob o nível da praça do Gabinete das Alfândegas (Edifício 6) havia um grande parqueamento subterrâneo separado do resto da zona subterrânea do complexo e altamente vigiado. Era lá que os diversos serviços do governo guardavam os seus carros resistentes a bombas, as suas limusines blindadas, os falsos táxis e os camiões da companhia telefónica utilizados para vigilâncias secretas e operações secretas, furgonetas especializadas e outros veículos. Nesta zona de parqueamento com segurança reforçada havia também um acesso à câmara forte inferior do Edifício 6.

Quando a torre Norte caiu, o Gabinete das Alfândegas dos EUA (Edifício 6) foi esmagado e
completamente devastado pelo fogo. A maior parte dos seus andares subterrâneos foi igualmente destruída. Mas havia cavidades. E foi por uma destas cavidades, descoberta recentemente, que eu desci para investigar com a Força de intervenção especial. Foi lá que se descobriu a ante-câmara de segurança da cave severamente danificada. No extremo do gabinete de segurança encontrava-se a grande porta de aço da caixa forte tendo, ao lado, o teclado com código na muralha em betão. Mas a muralha estava fissurada e parcialmente ruída e a porta estava aberta parcialmente. Com a ajuda dos nossos holofotes, olhou-se o que havia lá dentro. Se não fossem as várias fileiras de prateleiras vazias, a caixa forte não continha senão resíduos e poeira. Ela fora esvaziada. Por que? E quando pôde ser esvaziada?

Réseau Voltaire: E isto fez soar um sinal de alarme para si?

Kurt Sonnenfeld: Sim, mas não imediatamente. Num tal caos era difícil reflectir. Só depois de ter digerido tudo é que se desencadeou o alarme.

O Edifício 6 foi evacuado 12 minutos depois de o primeiro avião ter chocado com a torre Norte. As ruas ficaram imediatamente congestionadas pelos veículos de bombeiros, viaturas de polícia e engarrafamentos. A caixa forte era bastante grande, 15 metros por 15 penso eu, para necessitar pelo menos um grande camião para evacuar o seu conteúdo. Depois de as torres terem caído e de terem destruído o nível do parqueamento, uma missão para recuperar o conteúdo da ante-câmara teria sido impossível. A caixa forte foi portanto esvaziada antes do ataque.

Descrevi tudo isso amplamente no meu livro. Aparentemente as coisas importantes foram postas em lugar seguro antes dos atentados. Por exemplo: a CIA não pareceu demasiado inquieta com as suas perdas. Depois de a existência do seu gabinete secreto no Edifício 7 ter sido descoberta, um porta-voz da agência disse aos jornais que uma equipe especial fora despachada para procurar entre os resíduos em busca de documentos secreto e de relatórios dos serviços de informação, apesar de haver milhões, se não milhares de milhões de folhas a flutuarem nas ruas. Contudo, o porta-voz estava confiante. "Não é provável que haja demasiados papéis dispersos", declarou.

E as alfândegas primeiro afirmaram que fora destruído tudo. Que o calor fora tão intenso que
todas as peças de convicção da caixa forte haviam sido reduzidas a cinzas. Mas alguns meses mais tarde eles anunciaram ter acabado com as actividades de uma importante rede colombiana de tráfico de narcóticos e de branqueamento de dinheiro depois de terem recuperado provas cruciais da caixa forte, incluindo fotos de vigilâncias e registos de escutas telefónicas muito sensíveis. E quando fizeram a mudança para o seu novo edifício na Penn Plaza 1, em Manhattan, orgulhosamente afixaram sobre a parede do hall a sua placa honorífica e a grande tabuleta redonda dos Gabinetes da Alfândega dos EUA, também ela miraculosamente reencontrada, imaculada, nos seus antigos escritórios do World Trade Center, esmagados e incendiados.

Réseau Voltaire: Não estava só na missão ao Ground Zero. Será que os outros notaram as mesmas anomalias? Sabe se eles foram igualmente perseguidos?

Kurt Sonnenfeld: De facto, ouvi falar de algumas pessoas em duas ocasiões diferentes. Alguns dentre nós discutiram mesmo posteriormente. Eles sabem do que se trata e espero que venham a manifestar-se, mas estou certo de que têm fortes apreensões sobre o que lhes acontecerá se o fizerem. Deixo-os decidirem, mas a união faz a força.

Réseau Voltaire: Com o lançamento do vosso livro, tornou-se um "lançador de alerta" – mas a um ponto de não retorno! Deve haver muitas pessoas que sabem o que realmente se passou ou não neste dia fatídico. Contudo, ninguém se apresentou, sobretudo não aqueles que estavam directamente implicados de maneira oficial. É isso que torna o vosso caso tão convincente. A julgar pelas vossas provas, não é difícil imaginar o que tais pessoas retêm.

Kurt Sonnenfeld: De facto, também há pessoas muito correctas e críveis que lançaram alertas. Elas são desacreditadas, ignoradas. Alguns são perseguidos e acossados como eu.

As pessoas são contidas pelo medo. Todo o mundo sabe que se questionar as autoridades dos EUA terá problemas de um modo ou de outro. No mínimo, seremos desacreditados, desumanizados. O mais verosímil é ser acusado de alguma coisa sem relação alguma, como uma fraude fiscal – ou mesmo alguma coisa pior, como no meu caso. Veja o que aconteceu a Abraham Bolden por exemplo [1] , ou ao mestre de xadrez Bobby Fischer depois de ele ter mostrado o seu desprezo pelos Estados Unidos. Há uma grande quantidade de exemplos. No passado, pedi aos meus amigos e associados para falarem por mim, para recontar todas as mentiras difundidas nos media, mas todos eles tiveram medo das consequências contra si próprios e as suas famílias.

Réseau Voltaire: Em que grau as vossas descobertas no Ground Zero implicariam o governo nestes acontecimentos? Está ao par dos inquéritos efectuados por vários cientistas e profissionais qualificados que não só corroboram as vossas descobertas como em certos casos ultrapassam-nas de longe? Considera estas pessoas como "adeptas da teoria da conspiração" ("conspiracy nuts").

Kurt Sonnenfeld: Ao mais alto nível em Washington DC alguém sabia o que ia acontecer. Eles queriam de tal forma uma guerra que, no mínimo, deixaram acontecer e mais provavelmente ajudaram mesmo estes acontecimentos a verificarem-se.

Por vezes, parece-me que os "loucos" [os "adeptos da teoria da conspiração, NR] são aqueles que se aferram com um fervor quase religioso àquilo que lhes é dito, apesar de todas as provas em contrário – aqueles que não querem considerar o facto de que houve uma conspiração interna. Há tantas anomalias no inquérito "oficial" que não se pode atribuí-las a erros ou à incompetência. Eu conhecia os cientistas e profissionais qualificados a que fez referência, as suas descobertas são convincentes, críveis e apresentadas conforme o protocolo científico, em total oposição à descobertas do inquérito "oficial". Além disso, numerosos agentes dos serviços secretos e funcionários do governo avançam as suas opiniões muito informadas (dizendo) que a Comissão sobre o 11/Set era na melhor das hipóteses uma farsa e na pior uma cobertura [2] . A minha experiência no Ground Zero não é senão uma peça a mais a acrescentar ao puzzle.

Réseau Voltaire: Estes acontecimentos remontam a quase oito anos. Pensa que descobrir a verdade em torno do 11/Set continua a ser um objectivo importante? Por que?

Kurt Sonnenfeld: É da mais alta importância. Será assim também daqui a 10 ou mesmo 50 anos se a verdade não explodir até lá. É um objectivo importante pois, neste ponto da história, muitas pessoas são demasiado crédulas em relação ao que as autoridades lhes contam e muito inclinadas a segui-las. Em situação de choque, as pessoas procuram ser guiadas. As pessoas que têm medo são manipuláveis. Saber manipular as massas resulta em benefícios inimagináveis para numerosas pessoas muito ricas e muito poderosas. A guerra é incrivelmente cara, mas o dinheiro acaba em algum lugar. A guerra é sempre muito lucrativa para um pequeno número. De uma maneira ou de outra, os seus filhos acabam sempre em Washington, DC, eles tomam as decisões, preparam os orçamentos, ao passo que os filhos dos pobres e daqueles que não são bafejados acabam sempre na frente, recebendo as ordens e travando as guerras dos primeiros. As enormes caixas negras do Departamento da Defesa dos EUA representam uma máquina de financiamento ilimitado para o complexo militar-industrial, avaliado em vários milhares de milhões de dólares, e assim será enquanto as massas não acordarem, enquanto não se tornarem cépticas e enquanto não exigirem contas. As guerras (e os falsos pretextos que as empurram) não cessarão enquanto as pessoas não tomarem consciência dos motivos reais da guerra e não cessarem de acreditar nas explicações "oficiais".

Réseau Voltaire: O Movimento para a verdade sobre o 11 de Setembro (9/11 Truth Movement) pediu um novo inquérito independente acerca destes acontecimentos. Acredita que haja uma esperança com a administração Obama?

Kurt Sonnenfeld: Desejo isso realmente, mas permaneço céptico. Por que razões a liderança de um qualquer governo estabelecido agiria voluntariamente no que redundaria num sério comprometimento da sua autoridade? Eles preferem manter o statu quo e deixar as coisas como estão. O condutor do comboio mudou, mas o comboio mudou de direcção? Duvido. O impulso deve vir do público, não só ao nível nacional como também internacional, como faz a vossa rede.

Réseau Voltaire: Numerosas associações de defesa dos direitos humanos, grupos de activistas e personalidades vos apoiam na adversidade, e não das menores, como o Prémio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquível por exemplo. Como os argentinos em geral respondem à vossa situação?

Kurt Sonnenfeld: Por uma incrível reunião de apoios. Aqui a ditadura militar ainda está fresca na memória colectiva da maior parte das pessoas. Elas sabem que a ditadura (assim como as outras ditadura na América do Sul) foi apoiada pela CIA, na época dirigida por George Bush pai. Eles lembram-se muito bem dos centros de tortura, das prisões secretas, dos milhares de pessoas "desaparecidas" por causa das suas opiniões, do medo quotidiano. Sabem que os Estados Unidos recomeçarão hoje se o julgarem oportuno, que invadirão um país para atingir os seus interesses políticos e económicos, depois para manipular os media com a ajuda de "casus belli" inteiramente fabricados a fim de justificar as suas conquistas.

Minha família e eu estamos muito honrados por contar dentre os nosso mais queridos amigos
com Adolfo Pérez Esquivel [3] e os seus conselheiros do Servicio de Paz y Justicia (SERPAJ). Trabalhámos juntos em numerosas causas, como os direitos dos refugiados, os direitos das mulheres, das crianças sem família e das crianças portadoras de HIV/SIDA. Somos igualmente honrados por ter o apoio de: Abuelas de Plaza de Mayo; Madres de Plaza de Mayo, Línea Fundadora [4] ; Centro de Estudios Legales y Sociales (CELS); Asamblea Permanente de Derechos Humanos (APDH) [5] ; Familiares de Detenidos y Desaparecidos por Razones Políticas; Asociación de Mujeres, Migrantes y Refugiados Argentina (AMUMRA); Comisión de Derechos Humanos de la Honorable Cámara de Diputados de la Provincia de Buenos Aires; Secretaría de Derechos Humanos de la Nación; e do Programa Nacional Anti-Impunidad. Ao nível internacional, um "amicus curiae" foi apresentado em nosso favor pela ONG Reprieve, da Grã-Bretanha, e beneficiámos da colaboração de NIZKOR da Espanha e da Bélgica. Além disso, minha mulher, Paula, e eu fomos recebidos no Congresso pela La Comisión de Derechos Humanos y Garantías de la Honorable Cámara de Diputados de La Nación.

Réseau Voltaire: Como dizíamos, decidir escrever este livro e torná-lo público foi um passo gigantesco. O que é que vos levou a fazê-lo?

Kurt Sonnenfeld: Salvar a minha família. E fazer saber ao mundo que as coisas não são o que parecem ser.

Réseau Voltaire: Última pergunta, mas não a menor importante: o que é que vai fazer dos vossos registos?

Kurt Sonnenfeld: Estou certo de que os meus registos revelam mais coisas do que sou capaz de analisar dadas as minhas limitadas competências. Por isso cooperarei tanto quanto possa com peritos fiáveis e sérios num esforço comum para fazer surgir a verdade.

Notas

[1] Nomeado pelo presidente Kennedy, Abraham Bolden foi o primeiro agente negro do Serviço Secreto encarregado da protecção das altas personalidades, inclusive o presidente. Após o assassinato de JFK, ele assegura que o Serviço Secreto fora prevenido previamente do atentado, mas falhara na sua missão. Ele foi afastado bruscamente da cena pública, acusado de corrupção e encarcerado. Em 2008 ele publicou o seu testemunho em The Echo from Dealey Plaza: The True Story of the First African American on the White House Secret Service Detail and His Quest for Justice After the Assasination of JFK. NR.
[2] "41 anciens responsables états-uniens de l’anti-terrorisme et du renseignement mettent en cause la version officielle du 11-Septembre" , por Alan Miller, Réseau Voltaire, 09/Junho/2009.
[3] Ver artigos em castelhano de Adolfo Perez Esquivel no sítio web da Red Voltaire.
[4] "Marcha da resistência das mães da praça de Maio", por Ines Vázquez, Réseau Voltaire, 24/Janeiro/2006.
[5] Ver as intervenções de Alexis Ponce na conferência Axis for Peace. Por exemplo: "Le Mossad a formé la police équatorienne aux techniques de torture" , Réseau Voltaire, 18/Novembro/2005. E o seus artigos em castelhano no sítio da Red Voltaire .

O original encontra-se em http://www.voltairenet.org/article160943.html

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Portugal Caso BPN Oliveira e Costa em Liberdade

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O ex-presidente do BPN deixou o regime de prisão domiciliária. Só não pode sair do país e tem de se apresentar às terças-feiras no tribunal.


José Oliveira e Costa, fundador e ex-presidente do BPN, foi colocado em liberdade, mas está obrigado a apresentar-se semanalmente (às terças-feiras) no Tribunal Criminal de Lisboa e não pode viajar para o estrangeiro sem autorização do tribunal, disse hoje à Lusa fonte judicial.

A nova medida de coação de Oliveira e Costa, que estava em prisão domiciliária, resulta de um despacho do juiz que vai presidir ao julgamento do caso BPN, segundo a mesma fonte, que confirmou assim uma notícia avançada pelo site do semanário Expresso.

O início do julgamento do ex-presidente do Banco Português de Negócios e de outros 15 arguidos esteve marcado para o passado mês de Outubro nas Varas Criminais de Lisboa, mas foi adiado para 15 de Dezembro, revelou na altura Leonel Gaspar, advogado de Oliveira e Costa.

O ex-presidente do BPN esteve inicialmente em prisão preventiva, mas passou a estar em prisão domiciliária em 21 de Julho de 2009. Oliveira e Costa é acusado de crimes como abuso de confiança, burla qualificada, falsificação de documento e branqueamento de capitais.

Estamos na república das bananas, lesou os portugueses em milhares de milhões e continua a passear-se pelas ruas.

Esta é mais uma demonstração da incapacidade da justiça em Portugal, tudo a paço de caracol ou mais devagar, os arguidos são postos em liberdade, em fim é o descalabro.


Por acaso alguém acredita nesta justiça ? Só serve para os pilha galinhas.

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A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO



O livro do escritor judeu Norman Finkelstein



Historiador identifica uma indústria do Holocausto

Norman Finkelstein disseca os motivos do interesse da mídia pela questão judaica



Em 'A Indústria do Holocausto', Finkelstein levanta questões explosivas, como as indenizações aos sobreviventes do genocídio, que não chegariam ao destino




UBIRATAN BRASIL

A mais remota lembrança do Holocausto que o historiador americano Norman Finkelstein guarda na memória é a imagem de sua mãe com os olhos fixos na televisão, assistindo ao julgamento do ex-oficial nazista Adolf Eichmann, em 1961: enquanto acompanhava, ela folheava, nervosa, livros sobre o Gueto de Varsóvia. Então com 9 anos, Finkelstein não conseguia relacionar as fotos de pessoas esfomeadas e condenadas ao extermínio que via nos livros com a vida de seus pais, naquela tarde bucólica, no Brooklyn, típico bairro de judeus ortodoxos. "Quando eu era pequeno, o holocausto não era tema de conversa entre adultos", conta Finkelstein, em entrevista ao Estado. "O assunto só veio à tona depois da Guerra dos Seis Dias, em 1967, quando os Estados Unidos perceberam ser Israel o parceiro ideal no Oriente Médio." A forma como aconteceu, porém, e as devidas conseqüências deixaram-no revoltado.

Professor da Universidade de Nova York, Norman Finkelstein decidiu então escrever um livro polêmico, contestando o que julga ser a excessiva vitimização do povo israelita. Em A Indústria do Holocausto (Record, 160 págs., R$ 20) , ele busca dissecar os motivos que norteiam o interesse da mídia e de instituições governamentais pela questão judaica. Judeu e filho de sobreviventes de campos de concentração, Finkelstein não trata de um assunto novo, mas a forma provocante e o tom direto de seu discurso despertaram polêmica. Para ele, o Holocausto é uma indústria que exibe como vítimas o grupo étnico mais bem-sucedido dos Estados Unidos, o que permite a apropriação de mais verbas e, ao mesmo tempo, articular uma campanha de autopromoção por meio da imagem de vítimas. Outro ponto polêmico na argumentação de Finkelstein é o pagamento de indenização aos sobreviventes do genocídio. Segundo sua tese, o dinheiro não chega ao seu destino e, no extremo do exagero, o número de sobreviventes dos campos de concentração é aumentado para chantagear bancos suíços, indústrias alemãs e países do Leste Europeu em busca de mais verbas. Com isso, conclui, o anti-semitismo volta a aflorar no continente. Inicialmente ignorado quando lançado nos Estados Unidos, A Indústria do Holocausto mereceu poucas, mas violentas críticas.

Como a do jornal The New York Times, que classificou o livro de "indecente, venenoso, nojento" e outros adjetivos. Na Inglaterra, a recepção não foi menos polêmica - o título da crítica do The Independent parafraseia o filme O Homem que Sabia demais, de Alfred Hitchcock: "O Homem que Falou Demais". E, ao longo do texto, há uma questão crucial: "Como um filho de sobreviventes dos campos de concentração pôde dizer tais coisas?" Na Alemanha, onde o livro foi lançado no início de fevereiro, o rastro de ódio continuou. Lá, A Indústria do Holocausto foi considerado uma espécie de resposta à obra de outro americano, Daniel Goldhagen, que, em Os Carrascos Voluntários de Hitler (Companhia das Letras, 656 págs., R$ 39,50), defende a tese de que praticamente toda a população da Alemanha colaborou com os nazistas no extermínio de judeus. Também em São Paulo, a repercussão foi forte. "Nenhuma entidade judaica tira vantagem do terror", garantiu, em entrevistas, o rabino Henry Sobel, presidente do Rabinato da Congregação Israelita Paulista. Alheio ao tumulto, Finkelstein continuou com suas críticas, disparando ironias (o sofrimento provocado pelo Holocausto foi reduzido, segundo ele, à estatura moral de um cassino em Monte Carlo) e pregando contra a vulgarização provocada por excesso de exposições, abertura de memorais e exibição de filmes como A Lista de Schindler, de Steven Spielberg, que considera desprezível.

Estado - Seu livro provocou uma série de reações em diversos países. Como analisou tais manifestações?

Norman Finkelstein - Como esperado, a reação pública ao livro tem sido esmagadoramente negativa. Quebrei um enorme tabu. Muitos estão ainda temerosos de expressar sua aprovação em público. Mesmo assim, as manifestações em particular (especialmente por e-mail) têm sido extremamente positivas. Estou grato por diversas cartas de apoio que recebi de judeus e sobreviventes do Holocausto. No meu endereço na Internet (www.normanfinkelstein.com), há um número representativo dessas cartas. Apenas um punhado delas contém críticas ou então elogios vindos de neonazistas.

Estado - O senhor soube de alguma reação entre os palestinos?

Finkelstein - Meu livro foi traduzido para o árabe pela mais prestigiosa editora do mundo árabe, a Al-Adab, em Beirute. Entretanto, ainda não tive nenhuma notícia. Tenho muitos amigos palestinos no território ocupado, mas, na atual circunstância, eles não tiveram chance de ler.

Estado - A concepção de A Indústria do Holocausto começou durante a convivência com seus pais?

Finkelstein - Certamente, o pensamento moral e político a respeito de sua experiência durante a 2ª. Guerra Mundial e seu desprezo pela indústria do Holocausto influenciaram enormemente o livro. Mas a estrutura histórica e a análise ideológica são minhas. Meus pais morreram em 1995 e eu só fui escrever o livro há um ano.

Estado - Algumas críticas publicadas em jornais acusaram-no de manipular fatos. O que o senhor pensa disso?

Finkelstein - No meu conhecimento, ninguém apontou qualquer imprecisão factual no livro. Eu faria correções na edição de bolso que logo será lançada, se erros fossem encontrados.A maior autoridade viva sobre o holocausto nazista, Raul Hilberg, declarou, em diversas entrevistas, que meu livro é "basicamente correto". Seu veredicto me interessa mais que o dos jornalistas sem conhecimento do assunto.

Estado - Como foi a recepção na Alemanha?

Finkelstein - A reação popular foi completamente negativa. Os alemães são muito "politicamente corretos" nesse assunto - por uma boa razão, é claro. Entretanto, a edição em alemão, lançada no dia 7 de fevereiro, vendeu 115 mil exemplares na primeira semana. A reação da mídia foi quase insana. Minha primeira entrevista coletiva teve a presença de 180 jornalistas. Acho que o tabu foi quebrado na Alemanha o que, no meu ponto de vista, é muito bom. Esses temas têm de ser discutidos publicamente. É importante a verdade ser contada e as mentiras, expostas.

Estado - O livro teve mais publicidade e despertou mais debates na Inglaterra do que nos Estados Unidos. Por que?

Finkelstein - Um livro que demonstrasse que o chocolate causa câncer provavelmente seria reprimido na Suíça. Os EUA são o quartel-general da indústria do Holocausto. E essa indústria tem interesse em suprimir o livro.

Estado - Por que nenhum de seus pais recebeu compensação pelo período passado nos campos de concentração?

Finkelstein - Não é totalmente verdade. Meu pai recebeu uma pensão vitalícia da Alemanha, um total de aproximadamente US$ 250 mil até o fim de sua vida. Já minha mãe não recebeu praticamente nada. Ela esperava receber uma compensação futura com o dinheiro que o governo alemão destinou a organizações judias americanas, que esbanjaram, porém, toda a quantia.

Estado - Como foi crescer sob a sombra do Holocausto?

Finkelstein - Isso não aconteceu comigo. Tive pais adoráveis e trabalhadores, que fizeram o possível por mim e meus dois irmãos. O Holocausto nunca foi imposto, mas eu era curioso, fazia muitas perguntas, ao contrário dos meus irmãos, que não sentiram um impacto tão forte da traumática experiência dos meus pais. O grande impacto foi moral: jamais ficar em silêncio diante do sofrimento de um povo, o que, para mim, significou primeiro os vietnamitas e os afro-americanos e, depois, os palestinos.

Estado - Seus pais discutiam o Holocausto como um problema moral ou político, mas nunca se referiram a seus próprios problemas. Por que?

Finkelstein - Nenhum deles jamais emitiu uma só palavra sobre o que aconteceu com suas famílias. Obviamente, tratava-se de uma experiência dolorosa, que os acompanhou até o fim da vida. Mas minha mãe nunca se calou sobre suas convicções políticas e morais, sobretudo sobre o respeito humano, baseadas no horror que ela sofreu.

Estado - O senhor nunca ficou tentado a perguntar sobre o período deles nos campos de concentração?

Finkelstein - Não. A dor que eles sentiam era insuportável e eu não queria magoá-los. Tenho certeza que, se meus vivessem pais outros 100 anos, eu continuaria sem saber o que eles passaram durante a guerra.

Estado - O que se pode entender sobre a educação do Holocausto?

Finkelstein - A proposta da chamada "educação do Holocausto" é ensinar ao mundo que não há alguém mais sofredor que os judeus e, por isso, eles merecem especial consideração. Isso é, na verdade, uma deseducação - um exercício descarado de enaltecimento étnico.

Estado - Há uma curiosa conexão entre o silêncio do pós-guerra, a diminuição do anti-semitismo no mundo ocidental e uma grande identificação do Holocausto. O que o senhor pensa disso?

Finkelstein - Como conseqüência imediata do pós-guerra, o anti-semitismo decresceu dramaticamente - nenhuma dúvida que provocado pelo Holocausto. Um certo ressurgimento foi inevitável 50 anos depois, à medida que o Holocausto se tornava assunto do passado. Por outro lado, creio que o tratamento desumano dispensado por Israel aos palestinos tanto quanto as táticas imprudentes e impiedosas das principais organizações judias dos EUA contribuíram para o atual anti-semitismo.

Estado - O senhor leu o livro IBM e o Holocausto, em que o escritor Edwin Black conta como a empresa americana forneceu ativamente tecnologia e know-how que ajudaram a Alemanha nazista?

Finkelstein - Não, ainda não li. Mas um respeitado estudioso alemão, Peter Witte, sugeriu que se trata provavelmente de outro "produto medíocre da indústria do Holocausto". Suspeito que ele esteja correto. Sempre que um livro sobre o Holocausto é tratado de forma extravagante nos Estados Unidos, tenha a certeza de que é algo imprestável. Lembra-se de Goldhagen?

A Indústria Do Holocausto Ebook pdf Download

Estado de São Paulo- 4 de março de 2001

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Este texto foi indicado na Internet, e enviado a você como uma ferramenta para a finalidade educacional, uma pesquisa mais adicional, sobre uma base non comercial e justa do uso, pelo o Secretariado Internacional da Associação de Antigos Amadores de Recitais de Guerra e Holocausto. Nosso endereço postal é: AAARGH, PO Box 81 475, Chicago, IL 60681-0475, Estados Unidos da América.
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Nós acreditamos que nós estamos protegidos pela carta patente das direitas humanas:
ARTIGO 19. «Todos têm o direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de adoptar opiniões sem interferência e de procurar, receber e espalhar informação e ideias através de quaisquer meios e sem atender a fronteiras».
Declaração Universal dos Direitos Humanos, adoptada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de Dezembro de 1948.

AAARGH
Associação de Antigos Amadores de Recitais de Guerra e Holocausto

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Black Block Anarquia ou Terrorismo de Estado Video

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As autoridades policiais acreditam que o movimento anarquista Black Block vai trazer a Portugal cerca de mil elementos, com vista a acções violentas durante a cimeira da NATO, a decorrer em Lisboa, nos próximos dias 19 e 20 de Novembro.

Segurança máxima. É este o mote para a realização da Cimeira da NATO, em Lisboa, que vai trazer a Portugal os principais líderes políticos mundiais, entre os quais Barack Obama. No entanto, as autoridades nacionais - que estão há meses a trabalhar com as congéneres dos vários países participantes - estão a ter especial atenção ao movimento Black Block.

...é sempre de desconfiar...

falta saber se foram anarquistas ou se, mais uma vez, os terroristas de estado voltaram a fazer das suas.
se formos a ver, este tipo de situações prejudica seriamente todos aqueles que, por todo o mundo, procuram viver o seu quotidiano, no emprego, na escola, no bairro, de forma anti-autoritária, assembleária e horizintal. são cada vez mais e isso assusta qualquer estado.
a história já por diversas vezes nos mostrou que os estados e seus carrascos não têm limites morais quando procuram manter a situação.


A Tour Misteriosa do Black Bloc em Gênova


Não deveríamos criminalizar o Black Bloc ou acusar os anarquistas, o que aconteceu em Gênova tem muito pouco a ver com táticas, e ainda está cada vez mais claro que foram os policiais infiltrados os verdadeiros baderneiros.

Eu estava em Gênova, voltei cansado, nervoso, desapontado e enfurecido, com os ligamentos dos meus joelhos destruídos e completamente afônico, disse: não saia caçando anarquistas, não criminalize o Black Bloc internacional. Não é nosso dever traçar distinções entre o Black Bloc e o que aconteceu em Gênova. È nosso dever acusar qualquer carabinieri infiltrado que tentar usar da ação direta para interesses da classe dominante. Teorias da conspiração não pertencem à nossa cultura.

Na última Sexta, havia alguns anarquistas alemães do Shwartze Bloc. Eles acertaram precisos alvos como bancos e escritórios de grandes corporações. Eles não tinham a menor intenção de atacar outros manifestantes. No Sábado, um jornalista holandês da revista Vrij Neederland os encontrou enquanto eles estavam arrumando as malas e, talvez, voltando para a Alemanha. Eles lhe disseram que estavam furiosos com o que "os outros" homens de preto fizeram. Na verdade, o que aconteceu no Sábado teve pouco a ver com o modus operandi do Black Bloc: o Black Bloc é uma estratégia, ou seja o BLACK BLOC TEM UM MÉTODO. Você pode discordar deles, mas mesmo assim eles tem um método e o fazem sem atrapalhar as outras formas de ação.

Pelo contrário, em Gênova, os carabinieri escoltaram os baderneiros o dia todo, e nunca os atacaram, e não porque eles eram muito mais rápidos e informais, como uma pessoas comentou. Não, eles tinham todo o tempo para entrar nos bancos, destruir tudo e depois botar fogo, uma operação que requere nada mais do que 15 minutos. Enquanto isso, os carabinieri andavam pelas ruas, esperando por eles. Quando os badeneiros saíram, a tour misteriosa continuou. Os carabinieri quietamente acompanharam os baderneiros aos lugares onde muitas outras pessoas (do Forum Social de Gênova) estavam se manifestando, como se estivessem levando seus cachorros para passear. Existem vários relatos. Por todo o caminho, os homens de preto quebraram lojas pequenas, tocaram fogo em carros que certamente não pertenciam à milionários, destruíram postos de gasolina e etc. Então, estavam foram descontrolados à praça onde centenas de membros da rede Lilliput estavam sentados e bloqueando pacificamente. Os carabinieri os seguiram e bateram em mulheres e crianças, escoteiros, e manifestantes pacíficos.

Então, os carabinieri e os baderneiros saíram e foram para o Centro de Convergências, no Piazza Kennedy.

Os carabinieri atacaram o lugar, daí a dupla se dirigiu à estação Brignole e lá trombaram com a manifestação do Civil Desobedience Bloc, o qual ainda estava muito longe da Zona Rossa ( Zona Vermelha). Os carabinieri atacaram os manifestantes. Enquanto isso, os FALSOS Black Bloc'ers entraram na zona dos Tute Bianche e atacaram alguns camaradas. Um camarada enorme proveniente do Squat Rivolta, de Veneza, foi nocauteado por um cara que certamente era um bem treinado artista marcial. Depois disso, os carabinieri continuaram atacando a manifestação por 7 horas consecutivas e ininterruptas, enquanto as pessoas tentavam voltar para o Carlini ( agora Giuliani) Stadium. O último ataque aconteceu a menos de 600 jardas do acampamento. Os homens de preto tinham desaparecido.

ISTO NÃO TEM NADA A VER COM A PRAXIS DO BLACK BLOC. Na verdade, muitas pessoas viram esses FALSOS Black Bloc'ers saindo das vans dos carabinieri, colocando as suas balaklavas e começando a causar o inferno, discutir planos com os agentes policiais, receber pés-de-cabra dos carabinieri, etc.

A imprensa está divulgando essas estórias, e a TV nacional está mostrando uma cobertura chocante.

A minha opinião não é nem uma opinião, porque está fortemente fundamentada por relatos e documentação em vídeo: na última Sexta-feira, seis ou sete carabinieri infiltrados canalizaram e direcionaram a (em parte cega) fúria de centenas de jovens anarquistas que deveriam Ter se conhecido melhor.. A mesma coisa deve Ter acontecido no Sábado. Relutantemente, nós decidimos colocar as pessoas com bastões e pedras fora da nossa manifestação. Nós certamente rejeitamos vários provocadores que nos chamaram de "policiais" e provavelmente eram eles mesmos, policiais. Provavelmente batemos no cara errado, quem sabe? Se isso aconteceu, nos arrependemos, mas tivemos que proteger o nosso grupo de afinidade e prevenir infiltrações e agressões. Um FALSO Black Bloc'er disse ao nosso camarada Wu Ming 5 : "Você gosta de dar ordens?! Uh, seu comunista!". Bom, isso machuca. Podemos assegurar que nós NÃO gostamos de dar ordens .

Ao invés de começarmos uma caça às bruxas, nós deveríamos manter em mente que não são todos os anarquistas que usam o Black Bloc e que NÃO SÃO TODOS OS BLACK BLOC'ERS POLICIAIS INFILTRADOS. De qualquer maneira, torna-se necessário repensar uma tática que pode ser tão facilmente infiltrada e desviada. Isso vai pras pessoas que querem adotar a tática, mas também concerne àqueles que sofreram as consequências de tal "permeabilidade".
By Roberto mais conhecido como Wu Ming 1. Autor de romances, MEMBRO da YA BASTA!

The Law Union of Ontario Movement Defence Committee [MDC] has issued an appeal for broad political support for the G20 arrestees, estimated at nearly 500. Not arrested were members of the supposed anarchist group, Black Bloc, which is suspected of being a police psyops group ordered to start the G20 riot yesterday. Among the protestors, two professional journalists were also reportedly beaten and one arrested.



“The Toronto Police and the ISU appear to have lost control of their ‘prisoner processing center’, denying arrestees meaningful and timely access to counsel while beating and arresting those peacefully protesting their detention outside,” the MDC said in its press release today.



As of 9 am Sunday, the Integrated Security Unit reports that at least 480 people have been arrested on charges including “breach of peace, obstruct police, assault, assault peace officer, cause disturbance, incite riot, mischief, and participate in an unlawful assembly.”



Police attacked at least two professional news journalists during yesterday’s melee. Jesse Rosenfeld of The Guardian was reportedly arrested and beaten late Saturday night. In his last report filed with British news outfit, Rosenfeld wrote:



“[A]cross the country indigenous communities continue to resist government expropriation and environmental destruction of their land for mineral and resource extraction.



“Meanwhile Canada intends to use the G20 to expand the free trade of these mineral and resource commodities….



“[W]hile the Canadian state is using draconian colonial tools to present a veneer of representative legitimacy on the international stage, the streets of Toronto on Thursday asserted an alternative to the top-down style of forcing international consensus.”



Canadian police also beat Jesse Freeston of The Real News Network. Anchor Paul Jay questioned authorities about the incident:



http://www.youtube.com/v/D7OA920pbv8&color1=0xb1b1b1&color2=0xd0d0d0&hl=en_US&feature=player_embedded&fs=1

While security for the event cost in the range of $1 billion, police were nowhere to be found when the ‘Black Bloc’ began smashing windows and burning police cars, according to several on scene reports.



One blogger noted that “the police car may have been abandoned there by the Toronto Police as a distraction (or as an excuse for agent provocateurs to act violently).”



Terry Burrows in a Global Research report asserts, “As events unfold, it is becoming increasingly clear that the 'Black Bloc' are undercover police operatives engaged in purposeful provocations to eclipse and invalidate legitimate G20 citizen protest by starting a riot.”



One camera caught a Black Bloc member changing his clothes after the riot, revealing a clean-cut man with a military style haircut:


http://www.youtube.com/v/Lw5fmzI0wus&color1=0xb1b1b1&color2=0xd0d0d0&hl=en_US&feature=player_embedded&fs=1

The Globe and Mail published photos of Black Bloc members wreaking havoc. Burrows notes the new, military style shoes:

Whether or not Black Bloc is a group of paid police provocateurs, at least one corporate media station in Canada, CTV News, assured its audience that the bulk of protestors behaved peacefully, calling it a party atmosphere. In response to police brutality, protesters sang O Canada, hoping to shame police into good behavior.



Regardless of the violence, the message of resistance against G20’s predatory capitalism which is destroying the biosphere and indigenous cultures penetrated the media, as this report reveals:

“Activists and community organizers represented rank-and-file labour, migrant justice, indigenous solidarity, anti-police brutality, ecological justice, anti-war, anti-occupation, queer and trans justice, anti-poverty, anti-capitalist, feminist, anarchist, and many more struggles and campaigns. We are united together, learning from each other and inspired by each other. We are rooted in our communities.”

http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=19940

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Face Oculta Cheques de Manuel Godinho para Santana Lopes

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Caso 'Face Oculta': Cheques de Manuel Godinho para Santana Lopes
De acordo com o 'Correio da Manhã', a investigação da Polícia Judiciária aos movimentos bancários de Manuel Godinho descobriu referências a três cheques com designação Santana Lopes.

Manuel Godinho terá passado três cheques a Pedro Santana Lopes, no valor de 72 mil euros. O antigo primeiro-ministro desmente ter recebido qualquer cheque passado pelo empresário que está no centro do caso Face Oculta, investigação a uma rede tentacular de corrupção que tinha como objectivos garantir junto de empresas e organismo estatais negócios favoráveis para a o seu grupo empresarial.

De acordo com o 'Correio da Manhã', a investigação da Polícia Judiciária aos movimentos bancários de Manuel Godinho descobriu referências a três cheques com designação Santana Lopes. Há um quarto cheque com designação Paulo Santana Lopes, irmão do ex-primeiro-ministro, um dos motivos pelos quais os três primeiros cheques atribuídos, pelos investigadores, a Pedro Santana Lopes.

Apenas Paulo Santana Lopes admite ter tido “relações comerciais com Manuel Godinho, talvez entre 2001 e 2002”. O antigo líder do PSD e ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa negou ao CM quaisquer ligações ao empresário de Ovar: “Não faço a menor ideia sobre a existência desses cheques em meu nome ou para o partido, se é que existem. É a primeira vez que ouço falar neste assunto. Nunca tive qualquer contacto com o sr. Godinho e nem sabia que o meu irmão Paulo o conhecia.”

Ainda de acordo com o mesmo jornal, os investigações consideraram também suspeitos dois donativos de Godinho ao CDS-PP, num total de 20 mil euros, pagos nos finais de 2001, numa altura em que o líder do partido, Paulo Portas, concorria à presidência da Câmara Municipal de Lisboa.