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sábado, 8 de janeiro de 2011

Presidênciais: Cavaco Silva fechou Conta no BPN após nacionalização do banco

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Entre o primeiro comunicado da Presidência sobre o caso que envolve o banco e a apresentação da declaração de rendimentos de candidato a Belém, a conta de fundos de investimento desapareceu.


Cavaco Silva e a sua mulher desfizeram-se da conta do BPN, entre o primeiro comunicado da Presidência da República sobre o caso e a apresentação da declaração de património e rendimentos como candidato a Belém, entregue agora no Tribunal Constitucional.

Neste intervalo de dois anos, de 23 de Novembro de 2008 a 14 de Dezembro de 2010 - já depois da nacionalização do banco -, a conta n.º 6196171 foi fechada e dela deixaram de constar os valores mobiliários de fundos de investimento que Aníbal e Maria Cavaco Silva detinham por via do BPN - "483,310 uni-dades de participação" do fundo "Quam Multimanager 10%"; "578,034 unidades de participação" do mesmo fundo a "5%"; e "817,140 unidades de participação" do "SISF Euro Cash Enhanced Return Portfólio".

Esta informação consta da anterior declaração de rendimentos, entregue em 2006 no Tribunal Constitucional pelo então recém-eleito Presidente da República. Estávamos a 9 de Março desse ano (dia da posse) e Cavaco declarava no ponto de "carteira de títulos, contas bancárias a prazo e aplicações financeiras equivalentes" aquilo que, em Novembro de 2008, no citado comunicado de Belém, se esclarecia tratar-se da "gestão das suas poupanças entregues a quatro bancos portugueses - incluindo o BPN, desde 2000". Os outros três bancos são o BPI, a Caixa Geral de Depósitos e o Millennium bcp.

Meses antes, a 23 de Dezembro de 2005, o candidato Cavaco Silva era obrigado a fazer uma primeira declaração nessa condição. Nela se presta no mesmo ponto uma informação bem mais resumida sobre a sua conta no BPN: "Carteira n.º AAC-1712, euro 210.634,00 (em 30/11/ /05)". Ou seja, as unidades de participação valiam, três meses antes, mais de 210 mil euros.

Ao consultar a última declaração de rendimentos disponibilizada no Tribunal Constitucional, datada de 14 de Dezembro de 2010 e entregue por "apresentação de candidatura à Presidência da República", para as eleições do próximo dia 23, o DN constatou que Aníbal António Cavaco Silva, casado em comunhão de bens com Maria Alves da Silva Cavaco Silva, deixou de ter a conta no BPN. É esta conta que tem estado no centro do fogo cerrado ao candidato apoiado pelo PSD e CDS.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Wikileaks Portugal Diplomatas EUA agradeceram a Sócrates uso Base das Lajes para Repatriamento de Presos de Guantánamo e o Presidente da República Cavaco Silva Sabia

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Telegrama agradece repatriamento de presos

Diplomatas revelam que Sócrates permitiu aos EUA utilizar as Lajes para o uso do espaço nacional com vista ao repatriamento de presos de Guantánamo.

Revelação De acordo com o El Pais, que teve acesso a um telegrama datado de Setembro de 2007, os diplomatas americanos em Portugal agradecem a José Sócrates por ter "permitido aos EUA usar a Base das Lajes, nos Açores, para repatriar detidos em Guantánamo", "uma decisão difícil que nunca foi tornada pública".

De facto, em Janeiro de 2008, o primeiro-ministro assegurou no Parlamento que nunca tinha recebido qualquer pedido dos EUA "para sobrevoo do nosso espaço aéreo ou para aterragem na Base das Lajes de aviões que se destinassem ao transporte ou à transferência de prisioneiros". Na altura, Sócrates chegou mesmo a garantir que "nenhum membro do Governo faltou à verdade sobre este caso".

A questão já tinha sido levantada esta semana quando a WikiLeaks divulgou um outro telegrama, de Outubro de 2006, que dava conta de "diligências" dos Estados Unidos junto de Portugal para usar o espaço aéreo português. Perante a Comissão Parlamentar de Negócios Estrangeiros, o ministro Luís Amado confirmou as diligências dos americanos mas voltou a afirmar que "não houve aviões com detidos de Guantánamo a sobrevoar Portugal". "Pura e simplesmente não houve voo nenhum. (...) Se tivesse havido operação [de repatriamento] teria sido pública, para ficar sob escrutínio público", garantiu o ministro dos Negócios Estrangeiros.

Até à hora de fecho desta edição, o jornal espanhol não tinha ainda publicado o telegrama em causa, mas citava os diplomatas americanos tecendo elogios à actuação de Amado - a quem "Washington agradece ter tomado a iniciativa na Europa para levar outros países a ajudar os EUA com o encerramento de Guantánamo acolhendo presos" - e ainda do Presidente da República Cavaco Silva, que se mostrou "colaborador com este caso" e que em 2008 terá tranquilizado os americanos quanto à polémica dos voos da CIA dizendo, entre outras coisas, que Portugal tem "uma imprensa muito suave".