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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Wikileaks: CIA utilizou base aérea da Turquia para transportar prisioneiros

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A CIA utilizou uma base aérea turca, com o acordo de Ancara, para transportar presumíveis suspeitos de terrorismo, escreveu hoje o diário alemão Die Welt citando um telegrama diplomático dos EUA revelado pelo site Wikileaks.
No total, 24 voos dos serviços de informações dos EUA aterraram na base aérea de Incirlik, sul da Turquia, entre 2002 e 2006, ano em que as autoridades turcas anularam a autorização de transferência de prisioneiros.

O diário alemão cita um telegrama diplomático, com data de 8 de junho de 2006 e obtido pelo jornal norueguês Aftenposten, no qual o embaixador norte-americano em Ancara se refere à autorização fornecida pela Turquia para os voos da CIA.
"As autoridades militares turcas autorizaram-nos a utilizar desde 2002 a base de Incirlik para abastecer os aviões que participavam na operação 'Justiça Necessária', mas retiraram-nos essa autorização em fevereiro deste ano [2006]", refere o texto.


Em 15 de junho de 2006, o porta-voz do Governo turco, Namik Tan, tinha afirmado publicamente que "a Turquia nunca participou em operações secretas da CIA e nunca o fará".
O Die Welt sublinha que o governo conservador islamista do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP) chegou ao poder em novembro de 2002, e admite que a autorização fornecida pelos militares seja anterior a essa data. Posteriormente, o Executivo do AKP terá "tolerado" estas práticas.

De acordo com o Conselho da Europa, 14 países europeus, incluindo a Turquia, terão autorizado o reabastecimento ou utilização do espaço aéreo dos seus territórios por aviões da CIA que transportavam suspeito para serem interrogados no estrangeiro. Dois países, a Polónia e a Roménia, terão ainda albergado prisões da CIA.

CD com contas "Offshore" entregues a Julian Assange do Wikileaks

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A informação foi dada ao fundador da Wikileaks pelo bancárioo suíço Rudolf Elmer. O conteúdo será divulgado após ser analisado, eventualmente dentro de duas semanas ou mais tarde.

Dois CD com detalhes sobre as contas bancárias de cerca de dois mil clientes e companhias usadas para alegada evasão fiscal foram hoje entregues por um ex-bancário suíço ao fundador do Wikileaks, Julian Assange.

Rudolf Elmer recorreu ao portal responsável pela publicação de vários documentos secretos por considerar que o sistema das contas 'offshore' "prejudica a sociedade", explicou numa conferência de imprensa em Londres.

O antigo bancário recusou revelar nomes, embora, numa entrevista ao The Observer, tenha referido possuir detalhes sobre cerca de dois mil clientes, que descreve como indivíduos e empresas com "muito dinheiro". Entre estes estarão, de acordo com o semanário, "aproximadamente 40" do Reino Unido, Estados Unidos e Ásia.

Ciência ADN: Mamute poderá ser criado por Clonagem no Japão em cinco anos

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Projecto coordenado por investigadores japoneses propõe-se utilizar a informação genética retirada de tecidos congelados do animal extinto e uma célula de elefante sem ADN.

Investigadores japoneses preparam-se para tentar trazer à vida um animal extinto há milhares de anos. Trata-se de um mamute, que a equipa do cientista Akira Iritani, da Universidade de Quioto, pretende criar por clonagem a partir de material genético recuperado de um mamute e de uma célula de um elefante.

"Os preparativos estão feitos", afirmou Akira Iritani ao jornal japonês Yomiuri Shimbun, adiantando que vai em breve iniciar todo o trabalho no laboratório .

A equipa retirou tecidos de um cadáver de mamute que foi encontrado congelado na Rússia, e que permanece conservado num laboratório russo, e vai utilizá-los para o projecto.

O objectivo é introduzir o núcleo de uma célula de mamute (onde está contido o ADN, a sua informação genética), que está morto há milhares de anos, no interior de uma célula de elefante à qual é retirado o seu próprio material genético. O embrião assim obtido possuirá a informação genética do mamute.

Posteriormente, esse embrião será colocado no útero de uma fêmea de elefante, esperando os investigadores que no final de uma gravidez bem-sucedida a fêmea dê à luz o filho mamute.

O projecto terá por base as técnicas de clonagem desenvolvidas por outra equipa japonesa, que conseguiu clonar ratos a partir de material genético congelado de ratos mortos há 16 anos. A técnica foi desenvolvida por Teruhiko Wakayama, do Centro Riken de Biologia do Desenvolvimento, de Yokohama.

Utilizando a técnica desenvolvida por este último, a equipa que vai clonar o mamute conseguiu extrair intacto das células mortas do animal extinto o seu núcleo contendo o ADN do animal.

"Se conseguirmos criar o embrião de um clone [de mamute], teremos de discutir antes de o implantarmos no útero de uma fêmea de elefante a forma como vamos alimentar o futuro mamute e a pertinência de o mostrar publicamente", explicou Akira Iritani. O investigador considera que, se a sua experiência for bem-sucedida, ela permitirá saber mais sobre os grandes herbívoros cobertos de pelo grosso que desapareceram da Terra há alguns milhares de anos sem que se saiba quais foram as causas exactas da sua extinção. "Após o eventual nascimento do mamute, examinaremos, entre outras coisas, as suas condições de vida e os seus genes de forma a procurar pistas sobre o desaparecimento destes animais", adiantou o líder do projecto. Para quando um mamute vivo de novo na Terra? A equipa japonesa tem um horizonte: cinco a seis anos, é a sua estimativa.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

EUA e Israel criaram vírus Stuxnet para sabotar centrais nucleares do Irão

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 O Stuxnet, um vírus informático que atingiu em Novembro algumas centrais nucleares iranianas, foi desenvolvido em conjunto pelos Estados Unidos e por Israel, para sabotar o programa nuclear de Teerão.
 
A criação deste vírus destrutivo é um projecto americano-israelita, com a ajuda, voluntária ou não, da Grã-Bretanha e da Alemanha, segundo as fontes do diário. 
 
A informação, avançada ontem pelo jornal "The New York Times", divulga que os testes ao vírus foram realizados no complexo israelita de Dimona e confirma as suspeitas iranianas de que Jerusalém estava por trás do Stuxnet. O jornal baseou-se em depoimentos de especialistas militares e dos serviços secretos, que explicam que "para testar o vírus é preciso conhecer as máquinas" e que "a razão porque o vírus resultou é porque os israelitas o testaram".
 
O Stuxnet afecta sistemas Siemens de controlo de autómatos industriais, utilizados em plataformas de prospecção de petróleo ou em centrais eléctricas e, segundo os especialistas, teria como finalidade alterar a gestão de certas actividades de modo a, em último caso, destruir fisicamente as instalações infectadas com o worm. O programa nuclear iraniano foi atrasado depois dos mecanismos de as centrais de Natanz e Buhsher terem sido infectadas com o software malicioso. Cerca de um quinto das centrífugadoras iranianas ficaram paralisadas, embora não tenham sido destruídas.

Ali Akhbar Salehi, presidente da Organização Iraniana de Energia Atómica, afirmou que as "actividades, e principalmente o enriquecimento [de urânio] continuam com força. A produção de urânio enriquecido está, aliás, a aumentar", apesar das sanções da ONU e dos Estados Unidos, e do ataque informático às instalações.

Ontem, uma comitiva de diplomatas estrangeiros visitou a central nuclear de Natanz, depois de, no sábado, ter visitado igual complexo em Arak e ter-se encontrado com Salehi. No início do ano, Teerão convidou vários países a integrar a visita, mas excluiu os Estados Unidos. Os países da União Europeia, a Rússia e a China também declinaram o convite, que Washington classificou de "uma brincadeira" para desviar atenções.
 
Apesar da resposta negativa da UE e de dois dos aliados do Irão, os representantes da Argélia, Cuba, Omã, Venezuela, Egipto, Síria e da Liga Árabe chegaram no sábado de manhã a Arak. Salehi diz que "nenhum outro país vai mostrar as suas instalações. Isto mostra que as actividades nucleares do Irão são pacíficas", disse, criticando a posição ocidental relativamente ao programa nuclear iraniano. "Os países ocidentais tentam orientar a opinião pública de tal maneira que o mundo sinta que nos movimentamos de forma não-pacífica", defende.
 
A visita diplomática tem lugar a menos de uma semana de um encontro entre o Irão e o grupo dos 5+1 - que engloba EUA, França, Reino Unido, Rússia, China e Alemanha -, a 21 e 22 deste mês, em Istambul.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Dicas Saúde: A Cerveja Não Engorda e reduz o Risco Diabetes e Hipertensão

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A cerveja afinal não engorda... até pode emagrecer


"A barriga de cerveja é um mito." Pelo menos esta foi a conclusão de um estudo apresentado hoje sobre o consumo moderado da bebida, ou seja, entre dois a três copos por dia. A investigação levada a cabo pelo Hospital Clínic, a Universidade de Barcelona e o Instituto de Saúde Carlos III, adianta ainda que a cerveja, quando associada a uma dieta equilibrada e à prática regular de exercício físico, "não engorda" e reduz o risco de vir a sofrer diabetes e hipertensão.

O estudo avaliou 1.249 pessoas, homens e mulheres com mais de 57 anos, altura da vida em que os problemas cardiovasculares são mais frequentes. Durante vários dias, alimentaram-se de acordo com a dieta mediterrânica e as refeições eram acompanhadas pela bebida (até meio litro por dia). Segundo os especialistas, as pessoas analisadas "não engordaram, como em alguns casos perderam peso".

A cerveja é uma bebida fermentada que recebe as propriedades nutricionais dos cereais com que é produzida. O mesmo acontece com o vinho e as uvas ou a sidra e as maçãs. Como explicou a Dr. Lamuela, uma das pessoas responsáveis pelo estudo, a bebida fornece ácido fólico, vitaminas, ferro e cálcio em maior quantidade do que muitas outras e causa um efeito "protector" sobre o sistema cardiovascular. É por isso que, os consumidores de cerveja em quantidades "normais" apresentam uma menor incidência de diabetes e hipertensão e um menor índice de massa corporal.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Biotecnologia: EUA força França e Espanha a aceitar Transgênicos da Monsanto revelado por Wikileaks

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Mosanto, transforma os alimentos em morte e miséria
No dia 3 de janeiro, o jornal inglês The Guardian divulgou despachos diplomáticos dos EUA tornados públicos pelo site WikiLeaks. Os documentos dão conta, por exemplo, de orientações ao governo americano para que iniciasse retaliações “ao estilo militar” em resposta à proibição da França ao cultivo do milho transgênico Bt MON810, da Monsanto, em 2007.

Partir para a retaliação tornará claro que o caminho atual [de veto aos transgênicos] tem custos reais aos interesses da UE e poderia ajudar a fortalecer as vozes europeias pró-biotecnologia. De fato, o lado pró-biotecnologia da França — inclusive dentro do sindicato rural — nos disse que a retaliação é o único caminho para começar a mudar esta questão na França”, diz o documento assinado por Craig Stapleton, embaixador em Paris e também amigo e parceiro de negócios do ex-presidente George Bush.

Algumas partes do documento evidenciam o desprezo da diplomacia norteamericana em relação às questões ambientais, considerando prejudicial o comprometimento com o Princípio da Preocupação:

“Um dos resultados chave do ‘Grenelle’ [uma mesa redonda ambiental promovida pelo governo francês] foi a decisão de suspender o cultivo do milho MON810 na França. Tão prejudicial quanto isso é o aparente comprometimento do governo da França com o ‘princípio da precaução”. No Brasil, à época da dessa decisão, sentenciavam o mesmo o ex-presidente da CTNBio, e o atual, ao falarem em “princípio da obstrução”.

Outros trechos do documento mostram claramente o empenho do governo dos EUA em defender os interesses de suas multinacionais do agronegócio:

“Tanto o governo da França como a Comissão [Europeia] sugeriram que suas respectivas ações não deveriam nos alarmar, uma vez que proíbem apenas o cultivo e não a importação [de transgênicos]. Nós vemos a proibição ao cultivo como um primeiro passo, ao menos para as lideranças anti-transgênicos, que em breve buscarão a proibição ou maiores restrições às importações. (…) Além disso, não deveríamos estar preparados para ceder no cultivo por causa do nosso considerável negócio de sementes na Europa (…)”.

Importante esclarecer que este “nosso” negócio de sementes na Europa é, em verdade, o negócio das múltis, em especial a Monsanto.

A recomendação do embaixador ao governo estadunidense não deixa margem para dúvidas com relação à maneira “científica” com a qual é tratada a questão da adoção da biotecnologia na agricultura:

“A equipe dos EUA em Paris recomenda que calibremos uma lista de alvos para retaliação que cause alguma dor através da União Europeia, uma vez que se trata de uma responsabilidade coletiva, mas que também foque em parte nos principais culpados. A lista deve ser bem avaliada e sustentável no longo prazo, já que não esperamos uma vitória imediata”.

Outros documentos vazados pelo WikiLeaks revelam a atuação da diplomacia estadunidense sobre transgênicos junto à Espanha, que cumpre papel oposto ao da França na Europa: trata-se do único país do bloco a cultivar transgênicos comercialmente — justamente o milho Bt MON810, proibido pela França, Alemanha, Áustria, Hungria, Grécia e Luxemburgo.

O documento revelado explica o contexto de ameaça ao cultivo de transgênicos na Espanha, conforme ilustra o trecho abaixo:

“O cultivo do milho MON810 na Espanha está ameaçado por uma emergente e bem coordenada campanha para proibir o cultivo de variedades transgênicas na Europa, segundo fontes da indústria. A campanha ganhou força e velocidade nos meses recentes com a decisão da Alemanha em 14 de abril de proibir o cultivo do MON810 – que seguiu um voto da UE apoiando a manutenção da proibição na Áustria e na Hungria. Legislação que ameaça o cultivo do MON810 também foi recentemente introduzida nos parlamentos regionais do País Basco e da Catalunha.”

Ao final, a orientação ao governo dos EUA:

“A equipe solicita renovação de apoio do Governo dos EUA à posição da Espanha a favor da biotecnologia agrícola baseada na ciência (sic) através de intervenção de alto nível do Governo dos EUA em apoio às conclusões da EFSA [Autoridade Europeia de Segurança Alimentar, que em 2008 declarou não haver descoberto novas evidências de risco com relação ao milho MON810]. A equipe solicita ainda o apoio do Governo dos EUA através de um cientista que não pertença ao governo dos EUA para se encontrar com interlocutores da Espanha influentes sobre a questão e assistência no desenvolvimento de um plano de ação para a biotecnologia agrícola para a Espanha.”

Segundo a matéria do Guardian, os despachos mostram ainda que, além de o governo espanhol ter pedido ajuda aos EUA para manter pressões sobre Bruxelas, os EUA sabiam previamente como a Espanha votaria na Comissão Europeia, mesmo antes de a comissão de biotecnologia da Espanha haver anunciado sua posição.

Como se não bastasse tudo isso, os documentos revelados pelo WikiLeaks mostram também a pressão do governo americano sobre o Vaticano em busca de manifestações de apoio aos transgênicos.

Segundo os informes, os EUA acreditam que o Papa tornou-se fortemente favorável aos transgênicos após longo trabalho de lobby sobre seus assessores, mas lamenta que este apoio ainda não tenha sido manifestado publicamente. “Existem oportunidades para pressionar o Vaticano sobre o tema, e assim influenciar um amplo segmento da população na Europa e no mundo em desenvolvimento”, diz um dos documentos.

Mas a embaixada dos EUA no Vaticano acredita que seu maior aliado sobre o tema na Igreja, o Cardeal Renato Martino, chefe do Conselho Pontifício Justiça e Paz e o principal homem a representar o Papa na ONU, tenha desistido do apoio:

“Um representante de Martino disse-nos recentemente que o cardeal havia cooperado com a embaixada no Vaticano sobre a biotecnologia nos últimos dois anos para compensar suas declarações de desaprovação à guerra do Iraque e suas consequências – para manter as relações com o Governo dos EUA afáveis”, diz o documento.

Vale relembrar aqui (e estabelecer alguma relação?) a notícia divulgada mundialmente em novembro último de que a Academia de Ciências do Vaticano havia se posicionado a favor do uso de transgênicos (EFE). O apoio teria sido manifestado através da publicação de um informe na revista New Biotechnology.

Pouco dias depois da disseminação da notícia pelo mundo o Vaticano publicou um desmentido, dizendo que a Declaração Final da Semana de Estudo sobre “Planta transgênicas para a Segurança Alimentar no Contexto do Desenvolvimento”, patrocinado pela Pontifícia Academia das Ciências, não podia ser considerada como uma posição oficial do Vaticano sobre este tema. Segundo o sacerdote, “a declaração não deve ser considerada como declaração oficial da Academia Pontifícia das Ciências, que tem 80 membros, já que a Academia, como tal, não foi consultada a respeito, nem está em projeto tal consulta”.

Curiosamente (ou não), o desmentido não teve a mesma repercussão na imprensa (o site do CIB – Conselho Informações sobre Biotecnologia, ONG de promoção dos transgênicos patrocinada pelas empresas do ramo, mantém até hoje em seu site a notícia de que o “Vaticano deu luz verde para os transgênicos”).

Todas essas informações são importantes para eliminar qualquer dúvida sobre a maneira política — e não científica — com que são tomadas as decisões sobre transgênicos, não só no Brasil, mas em todo o mundo. Os documentos vazados pelo WikiLeaks evidenciam que a disseminação dos transgênicos pelo planeta se trata de uma estratégia comercial prioritária para governo americano, para a qual é mobilizado, inclusive, o alto escalão da diplomacia.

Nesse jogo, cientistas também são mobilizados, alugando aos interessados a legitimidade conferida por seus diplomas para influenciar a opinião pública e tomadores de decisão.

Mais ainda, os documentos revelados deixam claro, mais uma vez, que o governo estadunidense está nas mãos das grandes multinacionais: interesses comerciais privados são tratados e defendidos como interesses de estado, com tal prioridade que até retaliações de alto impacto são deslanchadas.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Saúde: Vacinas mais caras em Portugal que na Alemanha, em Inglaterra, Espanha e França

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Vacina da febre-amarela custará duas vezes mais que na Alemanha


As novas taxas aplicadas às vacinas internacionais tornam os preços a pagar pelos portugueses superiores aos praticados na Alemanha, em Inglaterra, Espanha ou França. No caso da febre-- amarela, das mais administradas, a diferença é abissal: na Alemanha a imunização custa 50 euros no Instituto de Medicina Tropical da Universidade Hein-rich Stemberg, Lenaugasse, mas é possível encontrá-la a 23 euros. Em Portugal serão cobrados 100 euros. No Reino Unido custa 47 libras e em França 36 euros.

As críticas às novas taxas da vacinação internacional, obrigatória em alguns países, começaram a chover depois da publicação da tabela em Diário da República, na terça-feira. PSD, Bloco de Esquerda e CDS-PP anunciaram mesmo que tencionam pedir apreciação parlamentar do decreto-lei, que consideram inconstitucional. Os deputados questionam ainda a aber- tura a excepções, avançada durante o dia pela subdirectora-geral da Saúde, Graça Freitas.

Mário Jorge Santos, da Associação de Médicos de Saúde Pública, condenou a introdução de taxas para vacinas internacionais num decreto-lei que actualiza taxas sanitárias: "É inédito. É uma nova taxa cobrada pelo Estado, onde não se explica para que parte do Estado irão as receitas." O especialista, ouvido pelo i, sugere que o assunto merece ser analisado pela Autoridade da Concorrência. "Não se trata de uma actualização nos preços", defende Mário Jorge Santos, mas de uma nova taxa, que o leva a questionar que o Estado possa operar "com fins lucrativos". Os novos preços chegam a ser 100 vezes superiores, porque, explica o especialista, vêm substituir o que era apenas uma taxa moderadora, com as habituais isenções para pensionistas, doentes crónicos e grávidas. "Deveriam ter sido actualizadas ao longo do tempo, mas estes valores são uma cobrança distinta."

Risco acrescido Graça Freitas, citada pela Lusa, esclareceu que as taxas foram revistas por estarem "muito desactualizadas" e longe dos "valores de referência europeus". Porém, segundo as tabelas disponíveis online para as imunizações com alterações, os países europeus com maior poder de compra mantêm preços, ou taxas, aquém das portuguesas. Graça Freitas rejeitou ainda que os novas taxas reduzam a prevenção. Para Mário Jorge Santos, a consequência é clara. "É um erro brutal. E o risco não é só para a pessoa mas para o país. As pessoas vão trazer infecções, vão adoecer, vão ser internadas e vão acabar por custar mais ao sistema."

Mais que no lazer, o médico teme casos dramáticos entre imigrantes e trabalhadores. Dá como exemplo um casal angolano com duas crianças: passam a ter de pagar 400 euros para ser vacinados contra a febre-amarela, mais 200 euros contra a febre tifóide, mais as vacinas de hepatite A para as crianças e talvez hepatite B para os pais. "É muito mais que uma passagem ou do que um ordenado", diz, sublinhando que a medida condicionará os médicos que davam privilégio à precaução. Segundo Graça Freitas, a DGS deverá propor um regime de excepções ao Ministério de Saúde.

Amy Goodman Entrevista Noam Chomsky sobre WikiLeaks Cablegate e outros temas

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A estação alternativa de rádio estadunidense Democracy Now, na pessoa da sua principal animadora Amy Goodman, entrevistou à distância o linguista, filósofo e activista libertário Noam Chomsky.
Foi em vésperas do seu 82º aniversário. Uma longa conversa que publicamos em duas partes – hoje a primeira. Por Noam Chomsky e Amy Goodman.

Numa entrevista exclusiva falámos com o dissidente político e linguista de fama mundial Noam Chomsky sobre a publicação de mais de 250.000 telegramas secretos do Departamento de Estado dos EUA, por parte da WikiLeaks. Em 1971 Chomsky ajudou o informador de dentro do governo [estadunidense] Daniel Ellsberg a publicar os “Documentos do Pentágono”, um relatório interno secreto dos Estados Unidos sobre a guerra do Vietname. Em comentário a uma das revelações, de que vários líderes árabes pressionam os EUA para atacarem o Irão, Chomsky diz: “As últimas sondagens mostram que a opinião dos árabes é que a maior ameaça na região é Israel, com 80% dos entrevistados, e em segundo lugar vêm os EUA com 77%. O Irão aparece como uma ameaça para 10%”, explica. “Isto pode não aparecer na imprensa, mais de certeza algo que os governos israelita e estadunidense, e os seus embaixadores, sabem. O que isto revela é o profundo ódio à democracia por parte dos nossos dirigentes políticos”.

Amy Goodman [AG]Encontramo-nos com o distinto dissidente político e linguista de reputação mundial Noam Chomsky, professor emérito do Massachusetts Institute of Technology e autor de mais de cem livros, incluindo o seu mais recente Esperanças e realidades, para obter a sua reacção aos documentos da WikiLeaks. Há quarenta anos, Noam e Howard Zinn ajudaram o denunciante de dentro do governo Daniel Ellsberg a editar e publicar os “Documentos do Pentágono”, a história interna ultra-secreta dos EUA da guerra do Vietname. Noam Chomsky fala-nos a partir de Boston… Antes de falarmos da WikiLeaks, qual foi a sua participação nos “Documentos do Pentágono”? Não creio que a maioria das pessoas esteja informada sobre isso.

Noam Chomsky [NC]: Dan e eu éramos amigos. O Tony Russo também os preparou e ajudou a filtrá-los. Recebi cópias do Dan e do Tony e várias pessoas as distribuíram à imprensa. Eu fui uma delas. Então o Howard Zinn e eu, como você disse, editámos um volume de ensaios e indexámos os documentos.

AGExplique como funcionou. Penso sempre que é importante contar essa história, especialmente aos jovens. Dan Ellsberg – funcionário do Pentágono com acesso ao máximo segredo – saca da sua caixa de fundos essa história da intervenção dos EUA no Vietname, fotocopia-a, e então como veio parar às suas mãos? Entregou-lha directamente a si?

NC: Chegou-me por intermédio de Dan Ellsberg e de Tony Russo, que tinham feitos as fotocópias e preparado o material.

AGFoi muito editado?

NC: Bem, nós não modificámos nada. Não corrigimos os documentos. Ficaram na sua forma original. O que fizemos, o Howard Zinn e eu, foi preparar um quinto volume além dos quatro que apareceram, que continha ensaios críticos de muitos peritos sobre os documentos, o que significavam, etc. E um índice, que é quase imprescindível para poderem ser seriamente utilizados. É o quinto volume da série da Beacon Press.

AGEntão foi um dos primeiros a ver os documentos do Pentágono?
NC: Sim, para além do Dan Ellsberg e do Tony Russo. Quer dizer, talvez tenha havido alguns jornalistas que puderam vê-los, mas não tenho a certeza.

AGE actualmente, o que pensa? Por exemplo, acabamos de reproduzir o vídeo do congressista republicano Peter King, que diz que se deveria declarar a WikiLeaks como organização terrorista estrangeira.

NC: Penso que é revoltante. Temos de compreender – e os Documentos do Pentágono são outro exemplo claro – que uma das principais razões do segredo governamental é proteger o governo contra a sua própria população. Nos Documentos do Pentágono, por exemplo, houve um volume – o volume das negociações – que poderia ter tido influência nas actividades em curso, e o Daniel Ellsberg não o revelou logo. Apareceu pouco depois. À vista dos documentos propriamente ditos, há coisas que os estadunidenses deveriam ter sabido e que outros queriam que não se soubessem. E, que eu saiba, pelo que eu próprio vi deste caso, agora é o mesmo. De facto, as revelações actuais – pelo menos as que eu vi – são interessantes, sobretudo pelo que nos esclarecem sobre como funciona o serviço diplomático.

AGAs revelações dos documentos acerca do Irão aparecem precisamente no momento em que o governo iraniano aceitou uma nova ronda de conversações nucleares para o começo do próximo mês. Na segunda-feira, o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu disse que os telegramas reivindicam a posição israelita de que o Irão constitui uma ameaça nuclear. Netanyahu disse: “A nossa região tem estado presa a uma narrativa que é o resultado de sessenta anos de propaganda que apresenta Israel como principal ameaça. De facto, os dirigentes compreendem que esse ponto de vista está na falência. Pela primeira vez na história existe um acordo de que a ameaça é o Irão. Se os dirigentes começarem a dizer às claras aquilo que têm dito à porta fechada, podemos realizar uma mudança radical na caminhada para a paz.” A secretária de Estado Hillary Clinton também falou do Irão na sua conferência de imprensa em Washington. Disse o seguinte:

Hillary Clinton: “Creio que não deveria ser surpresa para ninguém que o Irão é uma fonte de grande preocupação, não só para os EUA. Em todas as reuniões que tenho, em qualquer parte do mundo, aparece a preocupação com as acções e as intenções do Irão. Por isso, qualquer dos alegados comentários dos telegramas confirma que o Irão representa uma ameaça muito séria do ponto de vista dos seus vizinhos e uma preocupação muito séria muito para além da sua região. Por isso a comunidade internacional se reuniu para aprovar as sanções mais duras possíveis contra o Irão. Isso não aconteceu porque os EUA tivessem dito ‘Por favor, façam isso por nós!’. Aconteceu porque os países – depois de avaliarem as provas quanto às acções e às intenções do Irão – chegaram à mesma conclusão que os EUA: que temos de fazer o que pudermos com o fim de unir a comunidade internacional para que ela actue e impeça o Irão de se converter em um Estado com armas nucleares. De modo que, se os que lerem as histórias sobre esses, em supostos telegramas, pensarem cuidadosamente, chegarão à conclusão de que as preocupações com o Irão são bem fundadas, são amplamente partilhadas e continuarão a ser fundamento para a política que mantemos com os países que têm a mesma opinião, para impedir que o Irão adquira armas nucleares.”

AGAssim falou a secretária Hillary Clinton, ontem, numa conferência de imprensa. Qual o seu comentário sobre Clinton, sobre o comentário de Netanyahu, e o facto de Abdullah da Arábia Saudita – o rei que está a ser operado às costas em Nova Iorque – ter incitado os EUA a atacarem o Irão.

NC: Isso só vem reforçar o que eu disse antes, que o significado principal dos telegramas que têm sido publicados é, até agora, o que nos dizem sobre os dirigentes políticos ocidentais. Hillary Clinton e Benjamin Netanyahu de certeza conhecem as cuidadosas sondagens da opinião pública árabe. O Brookings Institute publicou há poucos meses amplas sondagens sobre o que pensam os árabes acerca do Irão. Os resultados são bastante impressionantes. Mostram que 80% da opinião árabe considera que a maior ameaça na região é Israel. A segunda maior ameaça são os EUA, com 77%. E o Irão só é referido como ameaça por 10%. No que diz respeito às armas nucleares, de um modo bastante notável, há 57% que diz que, se o Irão possuísse armas nucleares, isso teria um efeito positivo na região. Pois bem, não se trata de cifras pequenas. 80% e 77%, respectivamente, dizem que Israel e os EUA constituem a maior ameaça. 10% dizem que o Irão é a maior ameaça.

Claro que, aqui, os jornais nada dizem sobre isso – dizem-no na Inglaterra – mas é certamente algo que os governos de Israel e dos EUA e os seus embaixadores sabem muito bem. Mas não se vê aparecer uma palavra sobre isso. O que isso revela é o profundo ódio à democracia por partes dos nossos dirigentes políticos e dos dirigentes políticos israelitas. São coisas que nem referidas podem ser. Isso impregna todo o serviço diplomático. Não há nenhuma referência a isso nos telegramas.

Quando falam dos árabes referem-se aos ditadores árabes, não à população, que se opõe rotundamente às conclusões dos analistas, neste caso Clinton e os médias [a mídia]. Também há um problema menor que é o maior problema. O problema menor é que os telegramas não nos dizem o que pensam e dizem os dirigentes árabes. Sabemos o que foi seleccionado daquilo que disseram. De modo que há um processo de filtragem. Não sabemos o quanto a informação é distorcida. Mas não restam dúvidas: o que é mesmo uma distorção radical – ou nem sequer uma distorção, mas sim um reflexo – é a preocupação de que o que importa são os ditadores. A população não importa, mesmo se se opõe totalmente à política estadunidense. Há coisas semelhantes noutros sítios, como as que têm a ver com essa região.

Um dos telegramas mais interessantes foi aquele de um embaixador dos EUA em Israel para Hillary Clinton, que descrevia o ataque a Gaza – que deveríamos chamar o ataque israelo-estadunidense a Gaza – em Dezembro de 2008. Indica correctamente que houve uma trégua. Não acrescenta que durante a trégua – que de facto Israel não respeitou mas o Hamas respeitou escrupulosamente segundo o próprio governo israelita –, não foi disparado um só míssil. É uma omissão. Mas logo surge uma mentira directa: diz que em Dezembro de 2008 o Hamas retomou o disparo de mísseis e que por isso Israel teve de atacar para se defender. Acontece que o embaixador não pode deixar de saber que há alguém na embaixada dos EUA que lê a imprensa israelita – a imprensa israelita dominante – e nesse caso a embaixada tem de saber que é exactamente o contrário: o Hamas estava a pedir uma renovação do cessar-fogo. Israel considerou a oferta, recusou-a e preferiu bombardear em vez de optar pela segurança. Também omitiu que Israel nunca respeitou o cessar-fogo – manteve o cerco [a Gaza] em violação do acordo de trégua – e em 4 de Novembro, dia da eleição de 2008 nos EUA, o exército israelita invadiu Gaza e matou meia dúzia de militantes do Hamas, o que motivou trocas de tiros em que todas as vítimas, como de costume, foram palestinianas. De imediato, em Dezembro, quando terminou oficialmente a trégua, o Hamas pediu que ela fosse renovada. Israel recusou e os EUA e Israel preferiram lançar a guerra. O relatório da embaixada é uma falsificação grosseira, e é muito significativa porque tem a ver com a justificação do ataque assassino, o que significa que ou a embaixada não fazia ideia do que estava a acontecer ou estava a mentir descaradamente.

AGE o último relatório que acaba de aparecer – da Oxfam, da amnistia Internacional e de outros grupos – sobre os efeitos do cerco de Gaza? O que está a acontecer agora?

NC: Um cerco é um acto de guerra. Se alguém insiste nisso é Israel. Israel desencadeou duas guerras – 1956 e 1967 – em parte na base de que o seu acesso ao mundo exterior estava muito restringido. Esse mesmo cerco parcial que consideraram como um acto de guerra e como justificação – bem, uma entre várias justificações – para o que chamaram “guerra preventiva” ou, se preferir, profilática. Assim o entendem perfeitamente e o argumento é correcto. Um cerco é, desde logo, um acto criminoso. O Conselho de Segurança, e não só, instaram Israel a que o levantasse. Tem o propósito – como declararam os funcionários israelitas – de manter o povo de Gaza num nível mínimo de existência. Não querem matá-los todos porque não seria bem visto pela opinião internacional. Como eles dizem, “mantê-los em dieta”.

Esta justificação começou pouco depois da retirada oficial israelita. Houve umas eleições em Janeiro de 2006 – as únicas eleições livres em todo o mundo árabe – cuidadosamente monitorizadas e reconhecidas como livres, mas tiveram um defeito. Ganharam os que não deviam ganhar. Ou seja, o Hamas, os que Israel e os EUA não queriam. Rapidamente, em muito poucos dias, os EUA e Israel impuseram duras medidas para castigar o povo de Gaza por ter votado mal em eleições livres. O passo seguinte foi que eles – os EUA e Israel – trataram, em colaboração com a Autoridade Palestiniana, de provocar um golpe militar em Gaza para derrubar o governo eleito. Fracassou. O Hamas derrotou a tentativa de golpe. Foi em Julho de 2007. Então endureceram consideravelmente o assédio. Entretanto ocorreram numerosos actos de violência, bombardeamentos, invasões, etc.

Mas basicamente Israel afirma que, quando se estabeleceu a trégua no verão de 2008, o motivo por que Israel não a observou, retirando o cerco, foi o facto de um soldado israelita – Gilad Shalit – ter sido capturado na fronteira. Os comentadores internacionais consideram isso um crime terrível. Bem, pode-se pensar o que for, a captura de um soldado de um exército atacante – e o exército estava a atacar Gaza – não chega aos calcanhares do crime que é sequestrar civis. Precisamente na véspera da captura de Gilal Shalit na fronteira, as tropas israelitas tinham entrado em Gaza, sequestraram dois civis – os irmãos Muammar – e levaram-nos para o outro lado da fronteira. Desapareceram algures no sistema carcerário de Israel, onde centenas de pessoas, talvez mil, são detidas sem acusação por vezes durante anos. Também há prisões secretas. Não sabemos a que se passa nelas. Isto é, por si só, um crime muito pior do que o sequestro de Shalit. De facto, poder-se-ia argumentar que houve uma razão para se ter silenciado o facto. Israel, durante anos, de facto durante décadas, tem vindo a comportar-se assim: raptos, capturas de pessoas, sequestros de barcos, assassinatos, levar gente para Israel por vezes como reféns durante anos e anos. De modo que isso é uma prática habitual; Israel pode fazer o que entende. Mas a reacção, aqui e no resto do mundo, ao sequestro de Shalit – que não é um sequestro, não se sequestra um soldado, mas captura-se – é considerá-lo um crime horrendo e uma justificação para manter o cerco e assassinar… uma desgraça.

AGEntão temos a Amnistia Internacional, a Oxfam, a Save The Children e outras dezoito organizações de ajuda a instarem Israel para que levante, sem condições, o bloqueio a Gaza. E a WikiLeaks publica um telegrama diplomático estadunidense – transmitido ao Guardian pela WikiLeaks – que conta: “Directiva nacional de recolha de informações humanas: Pede-se ao pessoal dos EUA que obtenha pormenores de planos de viagem, como itinerários e veículos utilizados por dirigentes da Autoridade Palestiniana e membros do Hamas”. O telegrama pede: “Informação biográfica, financeira, biométrica de dirigentes e representantes mais importantes da A.P. e do Hamas, incluindo a Jovem Guarda, dentro de Gaza e da Cisjordânia, e fora”, diz.

NC: Isso não deveria ser uma surpresa. Contrariamente à imagem que é projectada neste país, os EUA não são um intermediário honesto. São participantes, e participantes directos e cruciais, nos crimes israelitas, tanto na Cisjordânia como em Gaza. O ataque a Gaza foi um caso claro: utilizaram armas estadunidenses, os EUA bloquearam as tentativas de cessar-fogo e deram apoio diplomático. O mesmo vale para os crimes diários na Cisjordânia, e não devemos esquecê-los. Na realidade, a [ONG] Save The Children informou que na área C – a parte da Cisjordânia controlada por Israel – as condições são piores do que em Gaza. Também isto acontece porque há um apoio crucial e decisivo dos EUA, tanto no plano militar como no económico; e também ideológico – o que tem a ver com a distorção da situação, como acontece também, dramaticamente, com os telegramas.

O próprio cerco é, em si mesmo, simplesmente criminoso. Não somente bloqueia a ajuda desesperadamente necessária como, além disso, afasta os palestinianos da fronteira. Gaza é um local pequeno e superpovoado. E os tiros e os ataques israelitas afastam os palestinianos do território árabe junto da fronteira e também impõe aos pescadores de Gaza o limite das águas territoriais. São forçados por canhoneiras israelitas – é tudo o mesmo, claro está – a pescar junto à costa onde a pesca é quase impossível porque Israel destruiu os sistemas eléctricos e de saneamento e a contaminação é terrível. É apenas um estrangulamento para castigar as pessoas por estarem ali e por insistirem em votar “mal”. Israel decidiu: “Não queremos mais isto. Livremo-nos deles.”

Também deveríamos lembrar que a política israelo-estadunidense – desde Oslo, desde o começo dos anos 1990 – foi separar Gaza da Cisjordânia. É uma violação directa dos acordos de Oslo, mas foi sendo implementada sistematicamente e teve muitas consequências. Significa que quase metade da população palestina ficaria à margem de qualquer possível acordo político a que se pudesse chegar. Também significa que a Palestina perde o seu acesso ao mundo exterior. Gaza deveria ter aeroportos e portos marítimos. Até agora Israel apoderou-se de cerca de 40% do território da Cisjordânia. As últimas ofertas de Obama oferecem-lhe ainda mais, e certamente os israelitas planeiam apoderar-se de mais. O que resta são pedaços de território cercados. É o que o planificador Ariel Sharon chamou bantustões. E estão também na prisão, enquanto Israel se apodera do Vale do Jordão e expulsa os palestinianos. Todos esses são crimes de uma só peça. O cerco de Gaza é particularmente grotesco dadas as condições de vida a que obriga as pessoas. Quero dizer, se uma pessoa jovem em Gaza – estudante em Gaza, por exemplo – quer estudar numa universidade da Cisjordânia, não pode fazê-lo. Se uma pessoa de Gaza precisa de um estágio ou de um tratamento médico sofisticado num hospital de Jerusalém Oriental, não pode lá ir! E não deixam passar os medicamentos. É um crime escandaloso, tudo isso.

AGNa sua opinião, que deveriam fazer os EUA neste caso?

NC: Aquilo que os EUA deveriam fazer é muito simples: deveriam unir-se ao mundo. Quero dizer que supostamente existem negociações. Tal como são apresentadas aqui, o quadro tipicamente traçado é de que os EUA são um intermediário honesto que procura unir os opositores recalcitrantes – Israel e Autoridade Palestiniana. Isso não passa de uma farsa.

Se houvesse negociações sérias, seriam organizadas por uma parte neutral e os EUA e Israel estariam de um lado e o mundo estaria do outro. Não é um exagero. Não deveria ser segredo que desde há muito tempo existe um consenso internacional completo para uma solução diplomática, política. Todos conhecem as linhas básicas. Alguns detalhes, sim, poderão ser discutidos. [Nesse consenso] incluem-se todos, excepto os EUA e Israel. Os EUA têm vido a bloquear a solução ao longo de 35 anos, com derivas ocasionais, e breves. [Esse consenso] inclui a Liga Árabe. Inclui a Organização dos Estados Islâmicos, que inclui o Irão. Inclui todos os protagonistas relevantes com excepção dos EUA e de Israel, os dois Estados que o recusam. De modo que, se houvesse alguma vez negociações sérias, é assim que seriam organizadas. As negociações que há chegam apenas ao nível da comédia. O tópico que está a ser discutido é uma nota de rodapé, uma questão menor: a expansão dos colonatos. Claro que é ilegal. De facto, tudo o que Israel está a fazer em Gaza e na Cisjordânia é ilegal. Nem sequer tem sido polémico, desde 1967 (…)

AGQuero ler-lhe agora a mensagem-twitter de Sarah Palin – a ex-governadora do Alaska, claro, e candidata republicana à vicepresidência. É o que ela colocou no twitter sobre a WikiLeaks. Rectifico, foi colocado no Facebook. Ela diz: “Primeiro, e antes de mais, que passos foram dados para impedir que o director da WikiLeaks, Julian Assange, distribuísse esse material confidencial altamente delicado, sobretudo depois de ele já ter publicado material, não uma vez mas duas, nos meses anteriores? Assange não é um jornalista, é-o tanto como um editor da nova revista da al-Qaeda em inglês “Inspire”. É um agente anti-EUA que tem sangue nas mãos. A sua anterior publicação de documentos classificados revelou aos talibãs a identidade de mais de 100 das nossas fontes afegãs. Porque não persegui-lo com a mesma urgência com que perseguimos os dirigentes da al-Qaeda e dos talibãs?” Que lhe parece?

NC: É exactamente o que se esperaria de Sarah Palin. Não sei o que ela entende ou não, mas acho que devemos dar atenção ao que nos dizem as revelações [da WikiLeaks]… Talvez a revelação, ou referência, mais dramática seja o ódio amargo à democracia revelado tanto pelo governo dos EUA – Hillary Clinton e outros – como pelo corpo diplomático. Dizer ao mundo – bem, de facto estão a falar lá entre eles – que o mundo árabe considera o Irão como a principal ameaça e que deseja que os EUA bombardeiem o Irão, é extremamente revelador, sabendo eles, como sabem, que cerca de 80% da opinião árabe considera os EUA e Israel como a maior ameaça, que 10% consideram o Irão como a maior ameaça, e que uma maioria de 57% pensa que a região teria a ganhar se o Irão tivesse armas nucleares, que funcionariam como um dissuasor. Isso, eles nem sequer o referem. Tudo o que referem é apenas o que foi dito pelos ditadores árabes, os brutais ditadores árabes. Isso é que conta.

Não sabemos até que ponto é representativo do que dizem, porque ignoramos qual é o filtro. Mas isto não importa muito. O aspecto mais importante é que [para eles] a população é irrelevante. Só interessam as opiniões dos ditadores que apoiamos. Se nos apoiam, então eles são o mundo árabe. É um quadro bem revelador da mentalidade dos dirigentes políticos dos EUA e, pode-se presumir, da opinião das elites. A avaliar pelos comentários que têm aparecido aqui. E é também o modo como tem sido apresentado na imprensa. O que pensam os árabes, isso não interessa.

Tradução do inglês: Passa Palavra

Original (em inglês), em DemocracyNow

Fonte: Diário Liberdade

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

EUA: Ex-funcionário da CIA é preso e acusado de revelar segredos sobre Irão

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Por James Vicini

WASHINGTON (Reuters) – Um ex-funcionário da Agência Central de Inteligência (CIA) foi preso na quinta-feira sob acusação de revelar ilegalmente informações de defesa nacional sobre o Irão para um repórter do jornal New York Times, que escreveu um livro.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos disse que Jeffrey Sterling, de 43 anos, foi acusado de seis crimes de divulgação não autorizada de informação de defesa nacional e uma acusação de manter informações da defesa nacional ilegalmente, fraude postal, transporte não autorizado de propriedade do governo e obstrução da justiça.

A prisão foi o último caso apresentado pela administração Obama contra atuais ou antigos funcionários públicos norte-americanos pelo vazamento de informações confidenciais à imprensa.

O governo também está investigando o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, pelo vazamento de centenas de mensagens confidenciais diplomáticas dos EUA, que se tornaram um embaraço para a Casa Branca.

Sterling, advogado que trabalhou na CIA de 1993 a 2002, foi preso em St. Louis, perto de sua casa.

De 1998 até meados de 2000, ele trabalhou num programa secreto clandestino que conduzia atividades de inteligência sobre as capacidades de armas de alguns países, disse o Departamento de Justiça ao anunciar a acusação contra Sterling.

Uma fonte jurídica familiarizada com o caso disse que um dos países envolvidos seria o Irã.

No mesmo período, Sterling também foi o vínculo operacional de um agente do mesmo programa, de acordo com a acusação.

Em meados de 2000, Sterling reclamou de discriminação racial na CIA e ignorou as decisões da CIA sobre a publicação de suas memórias.

A acusação alega que Sterling, em retaliação à recusa da CIA de resolver em termos favoráveis seu caso de discriminação, divulgou informações sobre o programa.

Segundo a acusação, ele discutiu a informação com o repórter no início de 2003 e, posteriormente, com relação ao livro publicado em janeiro de 2006.

O Departamento de Justiça não identificou o repórter.

Mas as datas e outros detalhes na acusação deixaram claro que envolveu o repórter James Risen, do New York Times, cujo livro de 2006, “State of War” (Estado de Guerra), revelou detalhes sobre as atividades da CIA de inteligência envolvendo o Irão.

Cada acusação prevê uma pena máxima de 10 a 20 anos de prisão.

Fonte: Reuters

EUA: FBI Espia Milhares de Cidadãos com base no pretexto Luta Anti-terrorista

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David Brooks
Periódico La Jornada
Nova Iorque, 21 de dezembro. Estados Unidos constróem um vasto aparato de inteligência doméstica que será o maior sistema de vigilância e tecnologicamente mais avançado da história, que recolherá informação sobre milhares de cidadãos e residentes – muitos dos quais não foram acusados de delitos – mediante autoridades locais e federais sobre a justificação da luta anti-terrorista, reporta o Washington Post.
Todo este sistema sem precedentes se constrói ante advertências do governo estadunidense da ameaça crescente de terrorismo doméstico, ou seja, de cidadãos e residentes deste país.

A extensa reportagem de investigação de Dana Priest e William Arkin afirma que o objetivo do sistema é que toda agência de segurança pública estatal e local dos Estados Unidos nutra Washington com informação para ajudar no esforço anti-terrorista nacional coordenado pelo Burô Federal de Investigações (FBI).

A investigação jornalística descreve uma rede de 4.058 agências federais, estatais e locais – com 935 destas criadas depois dos atentados de 2001 – dedicados a monitorar os cidadãos deste país. Além disso revela como se empregam tecnologias desenhadas para campos de batalha no Iraque e no Afeganistão neste sistema doméstico, e que o FBI compila um massivo banco de dados com nomes e informação pessoal de milhares de cidadãos e residentes neste país que foram sinalizados como “suspeitos” por algum oficial ou cidadão.
Este sistema de inteligência forma parte de um ainda mais massivo aparato governamental secreto com alcance mundial que desenvolveu os EUA depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, segundo a investigação jornalística de dois anos realizada pelo Post, e que se publicou como parte desta série anteriormente.
O “governo secreto” está conformado por 1.271 organizações governamentais, 1.931 empresas privadas dedicadas à indústria da segurança pública e inteligência e nas quais trabalham, calculam-se, uns 854 mil indivíduos com autorização “top secret”. Suas sedes estão em mais de 10 mil lugares em todo o território dos Estados Unidos. Junto com seu componente de vigilância do “terrorismo doméstico”.
Priest y Arkin escreveram que “o mundo top secret que o governo criou em resposta aos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 se tornou tão grande e tão secreto que ninguém sabe quanto dinheiro custa ao país, que quantidade de pessoas emprega, quantos programas existem no interior dele ou quantas agências fazem o mesmo trabalho”. Argumentaram que para isso, não somente tudo foi ocultado do público, senão que carece de plena supervisão.
Além disso, o resultado do crescimento deste aparato secreto sem precedentes é que “o sistema estabelecido para manter seguro os Estados Unidos é tão massivo que é impossível determinar sua efetividade”.
No entanto, altos funcionários da administração do presidente Barack Obama reiteram que todo o anterior é necessário ante a crescente ameaça dos estadunidenses que participam ou estão vinculados com organizações terroristas estrangeiras. Esta semana, o procurador geral dos Estados Unidos, Eric Holder, afirmou num programa da ABC News que “a ameaça mudou de simplesmente preocupar-se sobre estrangeiros que chegam aqui a preocupar-se de gente dentro dos Estados Unidos – cidadãos estadunidenses criados e nascidos aqui, e que por qualquer razão decidiram radicalizar-se e tomar as armas contra a nação em que nasceram”. Informou que nos últimos 24 meses se apresentaram acusações criminais relacionadas com o terrorismo contra 126 indivíduos neste país, 50 dos quais são cidadãos estadunidenses.
O mais alto cargo vinculado com este esforço de monitoramento interno dos cidadãos estadunidenses é ocupado pela secretária de Segurança Interna, Janet Napolitano, que, quando era governadora do estado do Arizona, ordenou construir um dos sistemas de inteligência mais ambiciosos em seus esforços de deter o fluxo de drogas e imigrantes.
Ela apresentou o esforço nacional de inteligência doméstica com algo comparável com os da guerra fria para renovar os conceitos de “defesa civil”, agora não contra a ameaça comunista interna, senão contra o terrorismo dentro das fronteiras estadunidenses. Neste sistema que continua se ampliando, múltiplos tipos de informação – desde registros de digitais, fotografias, vídeos e informação biométrica e informes sobre atividades “suspeitosas” – se armazenam em um banco de dados do FBI em West Viginia. Outro depósito localiza-se no edifício matriz dessa agência em Washington, o qual conta com arquivos sobre dezenas de milhares de pessoas dos Estados Unidos que não foram acusadas de delito algum, mas foram de alguma maneira acusadas de “atuar de maneira suspeita” por algum policial, incluindo de trânsito, e até por um vizinho.
Até esta data, reporta o Post, há 161.948 arquivos de atividade suspeita no banco de dados conhecido como Guardião.
O jornal sinaliza que existem diversos críticos da criação desta burocracia secreta, tanto pela preocupação de um possível abuso contra os direitos civis pelo governo como por ex-funcionários da inteligência que questionam se algo tão pouco controlado e com uma massa de informações tão extensa é a forma mais eficiente para proteger os Estados Unidos de possíveis atos terroristas.
Enquanto isso outros meios de comunicação, como a revista The Nation, temem que um governo cada vez mais secreto se transforme em ameaça aos fundamentos básicos da democracia.
Mas a realidade é que o Big Brother é cada dia maior.
Fonte: PCB

Saúde: Dicas para combater Colesterol Alto

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O colesterol provém de duas fontes: do seu organismo e dos alimentos que ingere. No organismo, o colesterol é produzido pelo fígado. É este órgão que produz a maioria do colesterol de que o organismo necessita. Alguns dos alimentos que consome fornecem quantidades adicionais de colesterol. O colesterol proveniente da sua alimentação encontra-se em produtos de origem animal, tais como, as carnes, o leite gordo, o queijo, a manteiga e os ovos.
 1. A ingestão de leite integral e seus derivados deve ser evitada. Se gosta de queijos, prefira os queijos brancos, menos gordurosos, como ricota ou queijo fresco;
2. Coma mais peixe e carne de aves;
3. Reduza o consumo de carne vermelha;

4. Procure não comer biscoitos amanteigados, croissants, folhados, gelados cremosos;
5. Enchidos em geral (linguiça, salsicha e frios), carnes vermelhas gordurosas, carne de porco (bacon, torresmos), vísceras (fígado, miolo, miúdos);
6. Troque os fritos pelo assado;

7. Evite receitas que usem muito óleo;

8. Substitua os molhos calóricos, como maionese e cremes. Dê preferência ao iogurte diet, sucos de tomate e mostarda.
 

A verdade é que os níveis de colesterol elevado podem conduzir ao aparecimento de doenças cardiovasculares, das quais são exemplo os ataques cardíacos e as tromboses cerebrais (AVC), responsáveis por uma morte cada 33 segundos. Essa é a razão pela qual se torna fundamental que conheça a sua situação. Saber quais são os seus níveis de colesterol ajudá-lo-á a lidar melhor com os riscos envolvidos.
Faça análises!

EUA: Sarah Palin e Tea Party Apontados como Instigadores Atentado Tucson

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Tucson EUA: Mapa político de Sarah Palin e Tea Party cada vez mais apontado como motivo para atentado

Há dois anos, a ex-governadora do Alasca evocava que no Arizona todos tinham acesso a armas - mas não à saúde

Desde Março que a congressista democrata Gabrielle Giffords era alvo de ameaças recorrentes. A congressista, uma das defensoras do programa de saúde de Barack Obama, era uma das democratas que a republicana Sarah Palin marcou com miras num mapa dos Estados Unidos, e Giffords confessou na televisão que recebeu várias ameaças contra a sua sede de campanha e contra a sua integridade física ao longo de meses. No fim-de-semana foi atingida, no atentado de Tucson, com uma Glock de 9 mm, uma arma que a própria Gabrielle Giffords admitiu, numa entrevista ao "The New York Times", ter em casa. A congressista foi atingida na cabeça e encontra-se ainda internada num hospital em Tucson, estável e a responder a estímulos básicos, mas as dúvidas sobre a sua sobrevivência mantêm-se.

A imprensa norte-americana atribui responsabilidades do atentado, cometido por Jared Lee Loughner, de 22 anos e tido como de extrema-direita, à campanha pesada que foi promovida no Arizona contra os candidatos democratas, que apoiavam a reforma da saúde. E uma campanha que tem Sarah Palin como principal activista, através do seu site www.sarahpac.com, onde publicou o polémico mapa (em baixo). Depois do atentado de sábado, apressou-se a retirá-lo da sua página na net, mas não mostrou remorsos por ter mostrado os seus adversários políticos como alvos a abater.

O movimento Tea Party, ligado aos republicanos, que inclui Sarah Palin, está a ser criticado por ter colocado novamente o debate sobre o acesso às armas num estado em que é mais fácil ter acesso às armas do que a cuidados de saúde.

Apesar da "retórica de ódio" promovida pelo movimento Tea Party e do momento difícil que o Arizona atravessava, Giffords arrancou uma vitória nas eleições intercalares de Novembro. A esquerda norte--americana já se manifestou contra a tensão e a instabilidade promovidas pelos movimentos de extrema-direita e as discussões sobre as responsabilidades de Palin têm estado destacadas. O prémio Nobel da Economia (2008) Paul Krugman já se manifestou publicamente, dizendo "que estava à espera que algo assim viesse a acontecer". O economista escreveu no seu blogue que a campanha difundida pela direita contra o projecto de reforma de saúde só poderia resultar num acto de violência e corrigiu Sarah Palin, que considerou o incidente "trágico": o economista sublinhou que mais do que uma tragédia foi uma "atrocidade".

Ontem, Thomas Warne, amigo da democrata, revelou ao "The New York Times" que a congressista "andava muito, muito preocupada" com todas as ameaças que recebera. Durante a campanha para as eleições intercalares, um homem armado voltou a pairar sobre um dos comícios em que Giffords participou e esta chegou a admitir, numa entrevista à MSNBC, que as mensagens radicais do Tea Party teriam provocado vários ataques contra a sua sede de campanha. "Nos últimos meses temos tido centenas e centenas de manifestantes à porta. Para além das chamadas, emails e calúnias", contou.

Wikileaks: Assange pode ser Executado pelos EUA se for Extraditado para a Suécia

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Tribunal de Londres decide extradição a 7 e 8 de Fevereiro

O advogado do fundador do WikiLeaks teme que este possa ser enviado para a prisão de Guantánamo ou mesmo condenado à morte caso seja extraditado, segundo um documento legal tornado público ontem pela defesa de Julian Assange.

"Existe um risco real de, se extraditado para a Suécia, os Estados Unidos procurarem a sua extradição ou rendição ilegal, onde corre o risco real de ser detido em na Baía de Guantánamo", pode ler-se no documento assinado por Geoffrey Robertson. O advogado acredita que Assange "pode ser alvo de pena de morte" e aponta que algumas figuras da política norte-americana, como Mick Huckabee ou Sarah Palin, referiram já essa hipótese.

Ontem, Assange voltou a entrar no tribunal numa audiência preliminar para marcar a decisão sobre a extradição para os dias 7 e 8 de Fevereiro. As condições da liberdade condicional de Assange foram também ontem alteradas. "A única variação na sua liberdade é que nas noites de 6 e 7 de Fevereiro, poderá residir no Frontline Club de Londres", declarou o juiz durante a sessão relâmpago, referindo-se ao clube de jornalistas fundado por Vaughan Smith, onde Assange permanece sob fiança desde dia 16 de Dezembro. Na audiência final que decidirá se Assange é ou não enviado para a Suécia, para aí ser julgado sobre alegados crimes sexuais, a defesa divulgou que vai apelar a vários pontos para evitar a extradição, como o facto desta "ofensa não ser uma ofensa para extradição".

Numa comunicação à imprensa na entrada do tribunal, o australiano afirmou que a divulgação de telegramas da diplomacia de Washington vai ser acelerada e confessou-se pessimista sobre o futuro da organização, que enfrenta prejuízos de 500 mil euros por semana desde que as contas foram bloqueadas depois do início do escândalo "Cablegate".

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Livros do escritor Paulo Coelho Proibidos no Irão

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As obras de Paulo Coelho foram proibidas no Irão, informou hoje o escritor brasileiro no seu blogue na Internet.

Paulo Coelho foi notificado por e-mail pelo seu editor no Irão, Arash Hejazi, que a publicação de seus livros foi proibida pelo Ministério da Cultura do país islâmico.

"Meus livros foram publicados no Irão sob diferentes governos. Uma decisão arbitrária, depois de 12 anos de publicação no país, só pode ser um mal entendido", escreveu Paulo Coelho no seu blogue.
O escritor brasileiro referiu ainda que Hejazi foi "informado pelo Ministério que todos os livros foram proibidos, inclusive as versões não autorizadas publicadas por outras editoras" e que "todos os livros que têm o nome Paulo Coelho não estão mais autorizados a serem publicados no Irão".

O motivo da proibição das obras não foi divulgado.

O autor brasileiro acredita que já tenha vendido cerca de seis milhões de livros no Irão.
Paulo Coelho espera a colaboração do Governo brasileiro para resolver a situação ainda durante esta semana.

Em declarações ao jornal O Estado de São Paulo, o escritor disse esperar que "o Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores) e a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, não se omitam em relação a essa medida arbitrária pois, caso contrário, estarão a assinar" a decisão iraniana.

O escritor brasileiro disse ao diário paulista que jamais, em seus livros, fez alguma ofensa ao islamismo.

Paulo Coelho é um autor muito conhecido no mundo e tem pelo menos 300 milhões de livros vendidos em mais de 150 países.

Investigação: Cuba Regista Primeira Vacina Terapêutica Combate Câncro do Pulmão

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Cuba regista primeira vacina terapêutica contra câncro de pulmão

Eficácia foi testada em mais de mil pacientes, sem efeitos colaterais.
Meta da imunização é transformar doença em patologia crônica controlável.



Cuba registrou a primeira vacina teraupêutica contra o câncer de pulmão, após testar sua eficácia em mais de mil pacientes sem que tenham ocorrido efeitos colaterais, informou esta segunda-feira (10) uma autoridade científica.

"Foram mais de 15 anos de pesquisas", disse ao semanário "Trabajadores" Gisela González, chefe do projeto da vacina - denominada CIMAVAX-EFG -, cujo objetivo é transformar o câncer de pulmão avançado em uma doença crônica controlável.

O registro permite usar a vacina maciçamente no país, bem como nos mil pacientes aos quais foi administrada durante os testes clínicos, e "atualmente seu registro avança em outras nações", disse a especialista.

"Uma vez que o paciente termina o tratamento com radioterapia ou quimioterapia e é considerado um paciente terminal sem alternativa terapêutica, neste momento é aplicada a vacina, que ajuda a controlar o crescimento do tumor sem toxicidade associada, e pode ser usada como um tratamento crônico que aumenta a expectativa e a qualidade de vida do paciente", ressaltou.

A vacina "está baseada em uma proteína que todos temos: o fator de crescimento epidérmico", acrescentou González.

"Igualmente se avalia a forma de empregar o princípio desta vacina em outros tumores sólidos (em próstata, útero e mama), que podem ser alvo deste tipo de terapia. Existem resultados importantes, mas é preciso esperar", concluiu.

Dicas Saúde: Música Terapia para Tratar Doenças do Coração e Circulação Sanguinea

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Música pode ajudar circulação e coração, diz estudo

Pesquisadores usam trechos de óperas para analisar mudanças no sistema cardiovascular.

Pesquisadores da Universidade de Pávia, na Itália, afirmam que o tipo certo de música pode desacelerar o coração e abaixar a pressão sanguínea. Músicas vibrantes como Nessun Dorma, de Puccini, que é cheia de crescendos e diminuendos, são melhores para ajudar na reabilitação em casos de derrames, de acordo com os estudiosos.


Melodias com ritmo mais acelerado aumentam os batimentos cardíacos, o ritmo respiratório e a pressão sanguínea. Já a música com ritmo mais lento gera o efeito contrário nos pacientes, segundo os pesquisadores.

A música já é usada em muitos hospitais britânicos como uma terapia barata e fácil de aplicar e também por gerar efeitos físicos perceptíveis no organismo, além de ter um impacto positivo no humor do paciente. O estudo dos pesquisadores italianos foi publicado na revista especializada "Circulation".

Respostas às músicas
O médico Luciano Bernardi e sua equipe de pesquisadores da Universidade de Pávia pediram a 24 voluntários saudáveis que ouvissem cinco faixas de músicas clássicas, escolhidas aleatoriamente, e monitorassem as respostas de seus corpos.

Entre as músicas escolhidas estavam a Nona Sinfonia de Beethoven, uma área de "Turandot", de Puccini, a Cantata nº 169 de Bach, Va Pensiero, da ópera "Nabuco", de Verdi, e Libiam Nei Lieti Calici, de "La Traviata", também de Verdi.

Cada crescendo destas músicas, um aumento gradual do volume, "estimulava" o corpo e levava ao estreitamento dos vasos sanguíneos abaixo da pele, aumentando a pressão sanguínea e os batimentos cardíacos, além de provocar um aumento das taxas respiratórias. Por outro lado, os diminuendos, diminuição gradual do volume, causavam o relaxamento, diminuindo os batimentos cardíacos e diminuindo também a pressão sanguínea.

"A música leva a uma mudança dinâmica e contínua - e previsível, até certo ponto - no sistema cardiovascular", afirmou Bernardi. "Essas descobertas aumentam nossa compreensão de como a música pode ser usada na medicina de reabilitação."

Música e silêncio
Os pesquisadores testaram várias combinações de música e silêncio nos voluntários e descobriram que as faixas que alternam entre ritmos rápidos e mais lentos, como óperas, parecem ser as melhores para a circulação e para o coração. As árias de Verdi, que seguem frases musicais de dez segundos, parecem se sincronizar perfeitamente com o ritmo cardiovascular natural, de acordo com o estudo.

"Observamos grandes benefícios (do uso da música) para pessoas que sofreram derrames ou ataques cardíacos. O poder da música é simplesmente incrível", afirma Diana Greenman, diretora executiva da organização Music in Hospitals.

A instituição de caridade britânica especializada em levar música ao vivo a hospitais, asilos e casas de repouso, foi criada logo depois da Segunda Guerra Mundial para ajudar os veteranos feridos.

"Já observamos, em pesquisas anteriores, um estado emocional positivo, que pode ser desencadeado ao ouvir música, e que pode ajudar sobreviventes de derrames", disse um porta-voz da associação britânica especializada em tratamento de derrames, a Stroke Association.

Dicas Saúde: Café e Chá Ajudam a Prevenir Diabetes, diz Trabalho de Investigação

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Para cientistas, cada xícara adicional de café ingerida por dia diminui os riscos de diabetes em 7%.


Pessoas que bebem chá e café correm menos riscos de desenvolver diabetes do tipo 2, concluíram especialistas após análise de vários estudos sobre o assunto.



Curiosamente, a proteção pode não estar associada à cafeína, uma vez que o café descafeinado parece ser mais efetivo, dizem os pesquisadores em artigo na revista científica Archives of Internal Medicine.



Eles analisaram 18 estudos separados envolvendo quase 500 mil pessoas.



E concluíram que pessoas que bebem três ou quatro xícaras de café ou chá por dia diminuem suas chances de desenvolver a condição em um quinto ou mais.



A mesma quantidade de café descafeinado teve um efeito ainda maior, diminuindo os riscos em um terço.



A diabetes do tipo 2, ou diabetes mellitus do tipo 2, é a forma mais comum de diabetes.



Ela começa a se manifestar após os 40 anos de idade e se desenvolve quando o corpo produz insulina, mas não o suficiente, ou quando a insulina que é produzida não funciona direito.



Ela é tratada com uma dieta saudável e aumento na atividade física. Medicação e insulina também são receitados com frequência.



Se as conclusões do estudo forem confirmadas, médicos podem começar a aconselhar pacientes a colocar a água para ferver além do aumento nos exercícios e a atenção com a dieta e o peso - dizem os pesquisadores.



Estudo



Quando os pesquisadores combinaram e analisaram os dados colhidos pelos 18 estudos, descobriram que cada xícara adicional de café ingerida por dia diminui os riscos de diabetes em 7%.



A chefe da equipe, Rachel Huxley, da Universidade de Sydney, na Austrália, disse que é pouco provável que os resultados estejam associados unicamente à cafeína, dada a revelação de que o café descafeinado é mais efetivo.



Outros componentes do café e do chá - entre eles, o magnésio e os antioxidantes conhecidos como ácidos clorogênicos - podem estar envolvidos no processo.



Segundo Huxley, "a identificação dos componentes ativos dessas bebidas abriria novas opções terapêuticas para a prevenção da diabetes mellitus".



"Se esses efeitos benéficos forem confirmados em testes, as implicações para milhões de indivíduos que sofrem de diabetes mellitus, ou que correm riscos de desenvolvê-la no futuro, seriam substanciosas", disse Huxley.



Uma representante da entidade britânica Diabetes UK, Victoria King, disse: "Sem informações completas sobre que outros fatores podem estar influenciando os riscos de desenvolver a diabetes do tipo 2 nos participantes do estudo - como seu nível de atividade física e dieta - ou sobre qual seria o ingrediente ativo do chá ou café responsável, não podemos saber ao certo a que se deve esse efeito, se é que ele existe".



"O que sabemos com certeza é que o desenvolvimento da diabetes do tipo 2 está fortemente associado ao estilo de vida, o que significa que muitos casos poderiam ser prevenidos com atividade física e uma dieta saudavel que seja pobre em gordura, sal e açúcar e rica em frutas e legumes", aconselha King.

Investigação: Cadela Identifica Mais de Mil Nomes de Brinquedos

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Investigadores norte-americanos treinaram cadela da raça 'border collie' durante três anos. Anterior recorde, de equipa alemã, era de 200 objectos.

Depois de os alemães terem apresentado um cão que identificava o nome de cerca de 200 objectos, investigadores norte-americanos deram agora a conhecer uma cadela, da raça border collie, que compreende e é capaz de identificar mais de mil objectos, bem como as respectivas ordens para os utilizar. A investigação durou três anos, e a equipa garante que só terminou por falta de tempo dos especialistas e não por uma falta de capacidade do animal em aprender mais nomes, segundo o artigo publicado no jornal científico Behavioural Processes.

Chaser, como se chama a cadela, foi treinada pelos psicólogos Alliston Reid e John Pilley, da Universidade de Wofford, nos EUA, e, além de reconhecer os objectos pelo nome, também consegue, garantem os investigadores, organizá-los por função e forma, uma capacidade que no Homem é adquirida por volta dos 3 anos de idade.

Esta investigação seguiu-se ao trabalho levado a cabo por uma equipa do Instituto de Antropologia Evolutiva Max Planck, na Alemanha. Segundo o trabalho publicado em 2004, o cão Rico conseguia reconhecer 200 palavras e identificar objectos novos inseridos num grupo que já conhecia.

Ao tomar conhecimento do trabalho germânico, os psicólogos norte-americanos puseram duas questões, que serviram de ponto de partida: quão extenso pode ser o vocabulário de um cão se lhe for fornecido um treino intenso? O que é que os cães compreendem da nossa linguagem quando comunicamos com eles?

Numa primeira fase, os objectos foram sendo apresentados um a um à cadela, de modo que ela os identificasse. Depois, Chaser tinha de os encontrar, sendo que Reid e Pilley repetiam o nome do objecto para a associação. Os brinquedos era reunidos em grupos de vinte e, de seguida, os nomes iam sendo ditos à cadela para que ela os fosse buscar. De acordo com Alliston Reid, Chaser realizou 838 testes e nunca acertou menos do que dezoito objectos por cada grupo de vinte.

Outro ponto que era necessário testar era se a cadela diferenciava os nomes dos brinquedos das ordens de acção. Para isso, os dois investigadores combinaram o nome de diversos objectos com diferentes ordens. Reid e Pilley garantem que Chaser não só identifica os brinquedos pelo nome como percebe os diferentes significados das ordens que lhe eram dadas.

Allison Reid frisa que "esta investigação é importante porque demonstra que os cães, tal como as crianças, conseguem desenvolver um vocabulário extenso e compreendem que algumas palavras dizem respeito a objectos individuais e outras podem referir-se a categorias de objectos".

Apesar da falta de tempo para continuar a investigação e determinar quantos mais objectos Chaser conseguia decorar, Reid e Pilley entendem que é preciso determinar se estas capacidades são partilhadas por outras raças de cães.

Para o especialista Adam Miklósi, fundador do Projecto Cães de Família, na Universidade Eötvös Loránd, na Hungria, estes resultados agora obtidos são impressionantes devido ao treino intensivo da cadela. "Os outros cães realizam estas mesmas tarefas, mas cometem mais erros do que esta cadela", salientou Adam Miklósi.

Dicas Saúde: Lista de Medicamentos Perigosos da Prescrire

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Revista francesa Prescrire denuncia medicamentos perigosos


Um medicamento vasodilatador que tem efeitos cardíacos e neurológicos indesejáveis, um anti-inflamatório que causa hepatites graves e um anti-cancerígeno que causa problemas em vários órgãos estão na lista de fármacos que uma revista especializada defende que devem ser retirados do mercado.

A lista da revista Prescrire e está em destaque no Libération. O principal foco da polémica é o buflomedil, uma substância activa comercializado há mais de 20 anos e que tem efeitos secundários graves, a níveis cardíaco e neurológicos. Desde 2006 que são conhecidos os problemas causados pelos medicamentos com buflomedil como substância activa. O consumo baixou até 2009, mas há inúmeros registos de situações de efeitos secundários graves, muitos mortais.
Mesmo assim, a agência francesa do medicamento (Afssaps) retirou do mercado só as dosagens mais fortes e manteve em comercialização as mais baixas, o que leva a Prescrire a perguntar quantas vítimas são necessárias para que esta substância saia do mercado. Em Portugal também é vendida, sob a marca Loftyl.
Em causa está também a nimesulida, que foi está banida pela Espanha e Finlândia desde 2002, passo seguido por outros países. Em Portugal, esta é a substância activa de inúmeras marcas, entre elas o Nimed, e vários genéricos, indica o site do Infarmed, autoridade nacional do medicamento. Trata-se de um anti-inflamatório que em França "continua a ser comercializado" apesar de, segundo um relatório da autoridade europeia do medicamento, já ter causado mais de 500 casos de hepatites graves.
Por último, a revista aponta o dedo à vinflunina, um anti-cancerígeno, comercializado em Portugal sob a marca Javlor, cuja "relação benefícios/riscos é desfavorável", pois têm-se registado casos de distúrbios sanguíneos, alguns deles mortais, intestinais, neurológicos ou cardíacos.
As substâncias em causa e os medicamentos à venda em Portugal
Vinflunina
Javlor
Buflomedil
Loftyl
Loftyl 300
Loftyl Forte
Nimesulida
Aulin
Aulin
Donulide
Donulide
Nimed
Nimed
Nimesulene
Nimesulida APceuticals
Nimesulida Almus
Nimesulida Alter 100 mg Comprimidos
Nimesulida Arrowblue
Nimesulida Baldacci 100 mg Comprimidos
Nimesulida Basi
Nimesulida Basi
Nimesulida Bluepharma 100 mg Comprimidos
Nimesulida Ciclum 100 mg Comprimidos
Nimesulida Cinfa
Nimesulida Farmoz 100 mg Comprimidos
Nimesulida GP 100 mg Comprimidos
Nimesulida Generis 100 mg Comprimidos
Nimesulida Generis 100 mg Granulado para Solução Oral
Nimesulida Gerilide 100 mg Comprimidos
Nimesulida Gerilide 100 mg Granulado para Solução Oral
Nimesulida Germed 100 mg Comprimidos
Nimesulida Germed 100 mg Granulado para suspensão oral
Nimesulida Inibsa 100 mg comprimidos
Nimesulida Inibsa 100 mg granulado para suspensão oral
Nimesulida Jabasulide 100 mg Comprimidos
Nimesulida Jabasulide 100 mg Granulado Para Solução Oral
Nimesulida Labesfal 100 mg Comprimidos
Nimesulida Labesfal 100 mg Granulado para Suspensão Oral
Nimesulida Mepha 100 mg Comprimidos
Nimesulida Mepha 100 mg Granulado para Suspensão Oral
Nimesulida Mer
Nimesulida Mylan
Nimesulida Mylan
Nimesulida Neuride 100 mg Comprimidos
Nimesulida Nilmide 100 mg Comprimidos
Nimesulida Nilmide 100 mg Granulado Para Suspensão Oral
Nimesulida Pharmakern 100 mg Comprimidos
Nimesulida Ranbaxy
Nimesulida Ranbaxy
Nimesulida Ratiopharm 100 mg Comprimidos
Nimesulida Sandoz 100 mg Comprimidos
Nimesulida Wynn
Reumolide
Sulidor
Aulin
Nimesulida HPF Gel
Nimesulida Medineo 100 mg Comprimidos
Nimesulida Sulimed 100 mg Comprimidos
Nimesulide HPF Júnior
Vitolide
Aulin Gel
Aulin Pediátrico
Aulin Pediátrico
Aulin Pediátrico
Donulide
Donulide
Donulide Gel
Gerilide
Isartrox
Jabasulide
Neuride
Nimalge
Nimartin
Nimed
Nimed Gel
Nimed Júnior
Nimed Pediátrico
Nimed Pediátrico
Nimed Pediátrico
Nimesulida Clintex
Nimesulida Farmoz
Nimesulida Labesfal
Nimesulida Medicamed
Nimesulida Mepha
Nimesulide HPF
Nimesulide HPF
Nimesulide HPF
Pronidal - 100
Pronidal - 100
Pronidal - 200
Ribantil
Sulimed

WikiLeaks pressiona Google e Facebook a motrar ordens judiciais dos EUA

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Depois da notícia de que a administração norte-americana exigiu ao Twitter que revele as fichas pessoais e detalhes do staff da WikiLeaks, incluindo os dados de Assange, a organização está a pressionar o Facebook e o Google para que mostrem as ordens judiciais que o exigem.

Argumento
A notícia foi avançada na sexta-feira pela revista "Salon", que teve acesso ao documento de intimação. A WikiLeaks, que se tem dedicado a divulgar informações confidenciais dos EUA, acredita que a administração está a usar as redes sociais para um contra-ataque ao site e exige que o Facebook e o Google (dono da rede social Orkut) admitam ter recebido a ordem, já que, ao contrário do Twitter, não notificaram os seus utilizadores.

Alvos
No site da organização de Julian Assange explica-se em que consiste a ordem judicial: "O Departamento de Estado pediu as mensagens privadas, os contactos, os endereços IP e os dados pessoais da conta de Julian Assange e de pelo menos outras três pessoas associadas à WikiLeaks." Ao receber o documento, o Twitter pediu autorização para alertar os visados. A permissão foi concedida na quarta-feira.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Fraude BPN: Estado Comprou 20 Milhões de Euros Acções da SLN

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Caso BPN: Estado comprou 6 milhões de acções da SLN

depois de nacionalizado, o BPN gastou 20 milhões de euros na compra de acções por um valor 3 vezes superior ao valor nominal

Já depois de nacionalizado, o BPN lesou o Estado e o contribuinte na compra de pelo menos seis milhões de acções da SLN, a sua antiga dona, num total de 20 milhões de euros.

O tema foi levado esta sexta-feira à Assembleia da República por Paulo Portas, mas o negócio remonta a Outubro do ano passado.

A actual administração do banco justifica que foi obrigada a comprar estas acções por um valor três vezes superior ao de mercado por causa de um antigo contrato celebrado entre Oliveira Costa e um accionista.

De acordo com o documento a que a TVI teve acesso, a Galilei, antiga SLN, comunicou aos accionistas uma proposta de venda de acções para que eles pudessem exercer o direito de preferência.

Numa das operações lê-se que o BPN é comprador de seis milhões e meio de títulos com o valor nominal de 1 euro.

Mas o preço acordado para o negócio é de 3,04 euros por acção, ou seja três vezes. Significa que o BPN nacionalizado pagou um total de 20 milhões de euros por este negócio.

Significa que o Estado pagou um total de 20 milhões de euros por este negócio do BPN.

Em comunicado o BPN explica que foi obrigado a comprar as acções em virtude de um contrato assinado entre Oliveira Costa e o accionista, um empresário de Braga e mais tarde prolongado por Miguel Cadilhe.

Este contrato prevê que o BPN seja forçado a recomprar as acções ao empresário.

O banco diz que tentou obter vários pareceres jurídicos mas não encontrou forma de contornar o acordo. O empresário de Braga tem agora uma acção em tribunal contra o BPN, a exigir que a instituição compre outro lotes de acções.

Veja o contrato de compra das 6 milhões de acções

Veja aqui a explicação do BPN enviada às redacções

Tribunal dos EUA ordena Twitter a entreguar Informação sobre contas do WikiLeaks

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Tribunal dos EUA ordena Twitter que entregue informação sobre contas do WikiLeaks

Advogado de Assange já reagiu a esta determinação judicial e condena abuso do governo norte-americano

Um tribunal norte-americano ordenou que o Twitter entregasse detalhes das contas do WikiLeaks e de vários apoiantes como parte de uma investigação criminal relacionada com a divulgação de documentos confidenciais, noticia este sábado a Reuters.

O departamento de Justiça considera que as informações que o site tem «informação relevante para a investigação criminal em curto» e ordenou o Twitter para entregar detalhes sobre o fundador Julian Assange e Bradley Manning, o militar suspeito de ter divulgado as informações que acabaram por se tornar públicas no último ano através do WikiLeaks.

A informação pedida pelo governo inclui a informação detalhada das contas, como mensagens privadas, acessos de IP, e-mails, moradas, contas bancárias e cartões de crédito.

Num comunicado enviado pelo advogado à Reuters, é possível ler que o «WikiLeaks condena veementemente este abuso do governo norte-americano».

O governo dos EUA está a estudar a possibilidade de acusar criminalmente Assange por ter tornado público milhares de documentos confidenciais que embaraçaram os Estados Unidos e outros países.

Dicas Saúde: Café e Chá Reduzem Risco de Doenças do Coração

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Café e chá protegem contra problemas cardíacos, diz estudo

Pesquisa identificou que quem tomava entre 2 e 4 xícaras de café por dia reduzia risco de doenças cardíacas em 20%


Tomar várias xícaras de café ou chá por dia pode proteger o consumidor de doenças cardíacas, segundo um estudo holandês realizado durante 13 anos.

As pessoas que tomavam mais de seis xícaras de chá por dia reduziram o risco de doenças do coração em um terço, segundo a pesquisa, que envolveu 40 mil pessoas.

O consumo de dois a quatro cafés por dia também estaria ligado a um risco menor.

Enquanto o efeito protetor cessava com mais de quatro xícaras de café por dia, até aqueles que bebiam esta quantidade não apresentavam riscos maiores de morrer por nenhuma causa, incluindo derrame e câncer, do que aqueles que não bebiam nada.

Os holandeses costumam tomar café com uma pequena quantidade de leite e chá sem leite. Houve descobertas conflitantes sobre a influência do leite nos polifenóis, considerados a substância mais benéfica encontrada no chá.

O café tem propriedades que poderiam em teoria aumentar e reduzir os riscos simultaneamente - potencialmente aumentar o colesterol ao mesmo tempo em que combate o prejuízo inflamatório associado à doença cardíaca.

Porém, o estudo, publicado no "Journal of the American Heart Association" concluiu que os que tomavam entre dois e quatro xícaras por dia diminuíam os riscos da doença em 20%.

"É basicamente uma história de boas notícias para aqueles que gostam de chá e café. Estas bebidas parecem oferecer benefícios para o coração sem aumentar o risco de morte de alguma outra causa", afirmou Yvonne van der Schouw, que liderou a pesquisa.

Ellen Mason, da British Heart Foundation, disse que o estudo reforça os indícios de que tomar chá e café em moderação não é prejudicial à maioria das pessoas e pode até reduzir o risco de desenvolver, ou morrer, de doenças cardíacas.

"Porém, é bom lembrar que levar uma vida saudável é o que realmente importa quando se quer deixar o coração em boas condições. Fumar um cigarro com seu café cancelaria completamente qualquer benefício, e tomar muito chá em frente à televisão durante horas sem fim sem se exercitar provavelmente não protegeria muito seu coração", afirmou Mason.

Dicas Saúde: Chá Verde protege contra Alzheimer e Câncro diz Estudo da Universidade de Newcastle

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Pesquisa indica que chá verde protege contra Alzheimer e Câncro

Estudo britânico afirma que compostos benéficos do chá são ativos mesmo depois da digestão.


Ed Okello, coordenador do estudo, acredita que os
benéficios do chá ficam ativos no corpo mesmo
depois da digestão. (Foto: AP Photo / via BBC)
Um estudo da Universidade de Newcastle, na Grã-Bretanha, indica que o chá verde pode proteger o cérebro de doenças como o Mal de Alzheimer e outros tipos de demência. A pesquisa, divulgada na publicação especializada "Phytomedicine", também sugere que o antigo remédio chinês que tem se popularizado no mundo todo também pode ter um papel muito importante na proteção do corpo contra o câncer.

No estudo, os cientistas investigaram se as propriedades benéficas do chá verde, que já tinham sido comprovadas no chá recém-preparado e não digerido, ainda se mantinham ativas uma vez que o chá fosse digerido.

De acordo com Ed Okello, professor da Escola de Agricultura, Alimento e Desenvolvimento da Universidade de Newcastle e que liderou o estudo, a digestão é um processo vital para conseguir os nutrientes necessários, mas também significa que nem sempre os compostos mais saudáveis dos alimentos serão absorvidos pelo corpo, podendo se perder ou modificar no processo.

"O que foi realmente animador neste estudo é que descobrimos que, quando o chá verde é digerido pelas enzimas do intestino, os compostos químicos resultantes são até mais eficazes contra gatilhos importantes do Alzheimer do que a forma não digerida do chá", disse. "Além disso, também descobrimos que os compostos digeridos (do chá verde) tinham propriedades contra o câncer, desacelerando de forma significativa o crescimento de células do tumor que usamos em nossas experiências."

Na pesquisa, a equipe da Universidade de Newcastle trabalhou em conjunto com cientistas da Escócia, que desenvolveram uma tecnologia que simula o sistema digestivo humano. Graças a esta tecnologia, a equipe de Newcastle conseguiu analisar as propriedades protetoras dos produtos da digestão do chá.

Chás verde e preto

Dois compostos já são conhecidos por seu papel importante no desenvolvimento do Alzheimer, o peróxido de hidrogênio e uma proteína conhecida como beta-amiloide.

Pesquisas anteriores mostraram que compostos conhecidos como polifenóis, presentes nos chás verde e preto, tem propriedades neuroprotetoras, pois se ligam a compostos tóxicos e protegem as células do cérebro.

Quando ingeridos, os polifenóis são quebrados e produzem uma mistura de compostos. Foram estes compostos que os cientistas de Newcastle testaram.

"É uma das razões pela qual temos que ser tão cuidadosos quando fazemos afirmações a respeito dos benefícios para a saúde de vários alimentos e suplementos", disse Okello."Existem certos compostos químicos que sabemos que são benéficos e podemos identificar alimentos que são ricos nestes compostos, mas o que acontece durante o processo de digestão é crucial para saber se estes alimentos estão mesmo nos fazendo bem."

Proteção de células

Os cientistas usaram modelos de células de tumor, expondo estas células a várias concentrações de diferentes toxinas e aos compostos do chá verde digerido.

"Os compostos químicos digeridos (do chá) protegeram as células (saudáveis), evitando que fossem destruídas pelas toxinas", disse Okello. "Também observamos que eles afetaram células cancerosas, desacelerando de forma significativa seu crescimento."

'O chá verde é usado há séculos na medicina tradicional chinesa, e o que temos aqui dá provas científicas do porquê pode ser eficaz contra algumas das doenças mais importantes que enfrentamos hoje", acrescentou.