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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Wikileaks: Israel informou EUA que manteria Economia de Gaza à beira do colapso deliberadamente

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Israel informou Washington em 2008 que manteria deliberadamente a economia da Faixa de Gaza "à beira do colapso", mas que tentaria evitar uma crise humanitária no território, indicam telegramas diplomáticos publicados hoje pelo jornal norueguês Aftenposten.

Num telegrama diplomático datado de 03 de novembro de 2008 e atribuído à embaixada dos Estados Unidos em Telavive, diplomatas norte-americanos referem a vontade do Estado israelita em "asfixiar" o território palestiniano, sem o estrangular por completo.

O correio diplomático divulgado pelo Wikileaks mostra que Israel manteve Wasghinton informada sobre o bloqueio à Faixa de Gaza, muito criticado a nível internacional pelas graves repercussões que tem na economia local, que apresenta uma das taxas de desemprego mais elevadas do mundo.
"Como parte de seu plano abrangente de embargo contra Gaza, as autoridades israelitas confirmaram em várias ocasiões a intenção de manterem a economia da Faixa à beira do colapso sem, no entanto, chegar ao extremo", referem diplomatas norte-americanos num telegrama confidencial.

Israel queria ver a já enfraquecida economia do território palestiniano (onde mais da metade dos habitantes vive abaixo da linha da pobreza) a "funcionar ao nível mais baixo possível, mas evitando uma crise humanitária", acrescenta-se no mesmo despacho diplomático norte-americano.

Israel mantêm um forte bloqueio à Faixa de Gaza desde que o movimento palestiniano Hamas, que não reconhece o Estado hebraico, assumiu o poder em junho de 2007.

As regras do bloqueio têm sido revistas por Jerusalém após o ataque de Israel contra um barco turco que transportava ajuda humanitária para a região, em maio de 2010, mas ativistas internacionais pediram a suspensão total.


O diário norueguês Aftenposten foi o último jornal a receber a totalidade dos 250 mil telegramas da diplomacia norte-americana, que o portal Wikileaks cedeu em exclusivo aos cinco maiores jornais internacionais (The Guardian, El País, The New York Times, Le Monde e Der Spiegel).

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